27 de julho | 2014

Lília Cabral volta a brilhar em “Império”

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Chique e elegante, assim é Lília Cabral na vida real / Renato Rocha Miranda-RG

 


 

Lília Cabral foi convidada por Aguinaldo Silva para ser uma das estrelas de “Império”, convite que foi aceito sem pestanejar / João Cotta-RG

 

 


 

Sem dúvida alguma, um dos papéis mais marcantes na carreira de Lília Cabral foi ter feito o Pereirão, um “marido de aluguel”, faz-tudo, na novela “Fina Estampa”, que foi ao ar entre 2011 e 2012, na tela da Globo. No ano passado, a atriz voltou à telinha no remake de “Saramandaia”, na pele da personagem Vitória Vilar, uma mulher que literalmente “derretia”, quando chegava perto de seu grande amor.

A verdade é que atriz teve pouco tempo para férias e foi convidada por Aguinaldo Silva para ser uma das estrelas de “Império”, convite que foi aceito sem pestanejar. Na trama das 9 da noite, Lília Cabral dá vida à personagem Maria Marta Medeiros, conhecida com a Rainha do Exílio, que alimenta um grande amor por José Alfredo, seu marido, personagem do ator Alexandre Nero, mesmo sabendo que o relacionamento entre eles já acabou há tempos. Maria Marta é capaz de fazer tudo para conseguir seus objetivos. Para defender seus filhos (principalmente o mais velho, José Pedro, personagem do ator Caio Blatt), ela abrirá guerra contra o marido para reconquistar tudo que deseja.

Mas deixando a ficção de lado, a atriz Lilia Cabral habitualmente é muito chique e discreta. Sempre elegante, não gosta de falar de sua vida pessoal e raramente se expõe, a não ser que seu trabalho assim exija; dificilmente ela é flagrada em festas ou qualquer badalação. Ela é casada com o economista Iwan Figueiredo e tem uma filha, Giulia, que já teria manifestado o desejo de seguir na carreira artística, mas sabiamente Lília aconselhou a adolescente a focar nos estudos e amadurecer mais a decisão.

Lília Cabral nasceu em São Paulo, no ano de 1957 e é filha de pai italiano e mãe portuguesa. Formada pela Escola de Arte Dramática da USP, os primeiros passos em direção à vida artística foram dados no palco atuando na peça “Feliz Ano Velho”, cujo roteiro é baseado no texto do jornalista Marcelo Rubens Paiva.

Dos palcos para a televisão foi um pulo. A estreia em novelas aconteceu em 1981 quando trabalhou em “Os Adolescentes”, escrita por Ivani Ribeiro e produzida pela Bandeirantes. Na mesma emissora, atuou em “Os Imigrantes”, interpretando a Angelina.

No ano de 1984, assinou contrato com a Globo, onde está até hoje, e seu primeiro trabalho foi “Corpo a Corpo”, na pele de Margarida.

Desde então, foi praticamente emendando um trabalho a outro. Logo depois de “Corpo a Corpo”, veio “De Quina pra Lua”, “Hipertensão”, “Mandala”, “Vale Tudo”, “Tieta”, “Salomé”, “Pedra Sobre Pedra”, “Pátria Minha”, “História de Amor”, “Anjo Mau”, “Meu Bem Querer”, “Laços de Família”, “Estrela-Guia”, “Sabor da Paixão”, “Chocolate com Pimenta”, “Começar de Novo”, “Páginas da Vida”, “A Favorita”, “Viver a Vida” e as já citadas “Fina Estampa” e “Saramandaia”. Também participou do seriado “Divã”.

Cabe destacar a sua atuação em “Páginas da Vida”, na qual interpretou a maldosa e amarga Marta Toledo Flores, personagem que lhe renderam elogios e reconhecimento e logo depois em “A Favorita”, na qual deu vida à resignada Catariana e foi a partir daí que a torcida cresceu para que a atriz ganhasse o papel principal num dos próximos folhetins do chamado “horário nobre”.

Por sua atuação em “Páginas da Vida”, Lília Cabral foi indicada ao Emmy de Melhor Atriz em 2007, mas acabou perdendo o prêmio para a atriz francesa Muriel Robin. No entanto, ganhou o Troféu Imprensa, o prêmio da APCA e o Prêmio Contigo! pelo mesmo trabalho.

Na novela “Viver a Vida”, de Manoel Carlos, Lilia Cabral foi Teresa, não era a protagonista, uma vez que isto parecia destinado a Taís Araújo, no entanto quem acompanhou o desenrolar da trama percebeu que o desfecho foi bem outro. Por vários motivos, outro núcleo da história acabou roubando a cena e nele estava Lília Cabral. A atriz deu um show de interpretação a cada capítulo, sem forçar; a arte está nela. E o mesmo vem aconteceu em “Fina Estampa”, na qual finalmente foi reconhecida e ganhou a personagem principal, Griselda, uma mulher completamente diferente daquelas que já havia feito anteriormente, a começar por exercer a profissão de “marido de aluguel”. Para este trabalho, a atriz teve que aprender a manejar ferramentas, como chaves de fenda, martelo e alicate.  

Além das novelas, Lilia atuou também em minisséries e especiais da Globo. No cinema, deixou sua marca nos filmes “Dias Melhores Virão”, “Stelinha”, “Como Ser Solteiro”, e nos inesquecíveis, “A Partilha” e “Divã”, estreado na telona, em 2009. No filme dirigido por José Alvarenga e que virou seriado ela interpretou Mercedes, uma mulher que se descobre no sofá de seu analista e daí passa a viver novas e excitantes experiências. No longa, Lília Cabral contracenou com Reynaldo Giannechini.

E falando mais um pouco de seu trabalho no cinema brasileiro, cabe destacar a participação de Lília Cabral nos filmes “Amor?” e “Júlio Sumiu”, uma comédia que está sendo lançada em DVD.

Como se vê, ela é talentosa e incansável

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