26 de outubro | 2020

Menopausa, fase natural da vida das mulheres

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Embora seja grande o volume de informações sobre a menopausa, essa fase natural da vida ainda assusta as mulheres. Já faz tempo que a menopausa não é mais encarada como “sinal de velhice”, mas infelizmente ainda existe muito preconceito e ainda é muito comum as mulheres resistirem ao assumir que a fase da menopausa chegou para elas.

A menopausa é um acontecimento natural, mas as ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor, cansaço e outros incômodos podem fazer dessa etapa uma das fases mais difíceis da vida, tanto em termos emocionais quanto físicos, por isso é que é importante o acompanhamento com médico ginecologista porque existe alívio para tudo isso e a fase pode ser vivenciada com qualidade e sem sofrimentos.

Embora o termo "menopausa" tenha sido criado para designar a última menstruação (a primeira é chamada "menarca"), hoje em dia chama-se menopausa todo o período de mudanças no organismo feminino, desde as primeiras alterações hormonais até a última menstruação.

Já os médicos chamam esse período de "climatério", que é a transição da fase reprodutiva, que começa com a menarca e termina com a menopausa, para a não reprodutiva, em que os ovários deixam de funcionar.

Essa transição acontece quando acabam os óvulos que toda mulher traz desde o nascimento e que são liberados a cada ciclo menstrual. Sua principal característica é a diminuição da produção dos hormônios estrógeno e progesterona pelos ovários, até a parada completa.
A diminuição dos níveis hormonais atinge todas as mulheres e começa por volta dos 40 anos. Já a menopausa (última menstruação) ocorre entre os 48 e 55 anos (o mais comum é aos 51). Quando ocorre em mulheres com menos de 40 anos é chamada de menopausa prematura. Não há como precisar ou definir quando ocorrerá a menopausa.

O estrogênio é o hormônio básico da mulher. Sua produção começa na adolescência, quando é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários, como pelos púbicos, formas arredondadas do corpo etc, e vai até a menopausa.

O estrogênio está envolvido em diversas funções e características do organismo, como textura da pele e da vagina, distribuição de gordura no corpo, equilíbrio das gorduras no sangue (colesterol), fixação de cálcio nos ossos, autoestima e memória.

Assim, embora algumas mulheres passem pelo climatério sem grandes transtornos ou até sem sentir nada, outras podem sofrer com:

– irregularidade dos ciclos menstruais;

– ondas de calor: vermelhidão súbita na face e no tronco, sensação intensa de calor no corpo e transpiração excessiva, sentidas por cerca de 80% das mulheres no climatério. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia-a-dia;

– suor noturno;

– diminuição do desejo sexual: em geral causado pela reação negativa da mulher às mudanças;

– a vagina sofre alterações: fica mais estreita e curta, perde a elasticidade e o tecido fica frágil. Diminui a secreção e podem aparecer inflamações;
– dor durante o ato sexual: resultante das alterações vaginais;

– aumento da frequência urinária, às vezes com ardência;

– diminuição do brilho da pele e uma distribuição de gordura mais masculina, ou seja, na barriga;

– aumento do colesterol ruim;

– diminuição da atenção e memória;

– insônia, irritabilidade e ansiedade: a alteração hormonal afeta as reações do cérebro;

– depressão

O primeiro passo para enfrentar esta nova fase é falar com o ginecologista e nem pensar em tomar qualquer remédio sem a orientação do médico, principalmente quando o assunto é reposição hormonal, que é uma das poderosas armas contra estes sintomas. Somente o médico é quem está apto a recomendar o tratamento adequado que é individual e varia de mulher para mulher. Paralelamente, é preciso encarar a nova fase com otimismo, saber que não é doença, amar-se muito, praticar atividades físicas e cuidar da alimentação, a qual deve ser a mais natural possível.

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