14 de maio | 2018

Mudança de hábitos na alimentação infantil

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A obesidade infantil vem preocupando as autoridades de Saúde há algum tempo. Sabe-se que os estabelecimentos de ensino em geral tem se movimentado no sentido de oferecer opções saudáveis na hora das refeições e também nas cantinas que colocam alimentos à disposição dos alunos.

No entanto, existe outro lado nesta situação; os especialistas explicam que a obesidade infantil normalmente é relacionada a hábitos alimentares incorretos, mas o costume adquirido pelas crianças de se alimentar em excesso pode estar relacionado a fatores psicológicos, como estresse, ansiedade, angústia e depressão.

A tentativa de compensar frustrações com o prazer de comer é comum em todas as faixas etárias. Como essa sensação dura um período curto e a criança não têm noção de limite, é provável que comece a ingerir um alimento logo após o outro para se distrair de sentimentos ruins. Esse quadro pode ser resultado de falta de afeto dos pais ou outros familiares, algum tipo rejeição dos colegas da escola ou o fato da criança não se sentir emocionalmente preparada para lidar com o que lhe exigem.

A mudança de cultura dos brasileiros está diretamente relacionada à obesidade infantil. Hoje, muitas crianças têm uma programação semanal cheia de atividades e pouco tempo de intervalo entre cada uma delas. Os terapeutas lembram que vários jovens saem da escola e vão direto para o curso de Inglês, de lá vão para o judô e assim por diante.

A rotina oposta também é nociva. Uma criança que passa a maior parte do seu dia na frente da televisão, vídeo game ou computador não desempenha atividades físicas, como um passeio de bicicleta ou caminhada também sofre com isso. Além do sedentarismo, a criança pode ser tomada por um sentimento de solidão, já que não tem contato com colegas da mesma idade.

Em ambos os casos a criança sentirá falta do vínculo familiar, que pode gerar desequilíbrios psicológicos que causem a obesidade infantil. Esse fator é amplificado com o aumento do consumo de alimentos gordurosos e calóricos pelas crianças – influenciadas pelos hábitos dos pais. Os familiares muitas vezes utilizam esses alimentos, principalmente os doces, que simbolizam o afeto, como uma forma de compensar o pouco tempo que dispõem para ficar com a criança.

Para tratar este mal, os pais devem procurar um Endocrinologista para verificar se existem aspectos físicos que justifiquem o desenvolvimento da doença. Caso estes aspectos sejam descartados ou haja dificuldade na diminuição de peso após o controle hormonal, é importante buscar o acompanhamento de um psicólogo, já que existem causas emocionais ligados a este quadro clínico.

A obesidade infantil é a principal responsável por casos de Diabetes tipo 2 em adolescentes, enfermidade que antes era pouco observada nessa faixa etária. A doença também pode prejudicar o crescimento, trazendo má formação do esqueleto e causando males como joelho valgo (conhecido como "joelho em X") e desvios na coluna, sobretudo escolioses e lordoses. Modificações endócrinas podem ser observadas como causa e consequência da doença.

Psicologicamente, a obesidade na infância pode ser muito danosa, pois esta fase da vida é muito importante para o desenvolvimento emocional. Ao se enxergar de forma inadequada, a criança pode comprometer sua autoestima, seus relacionamentos e aprendizagem o que irão gerar comprometimentos futuros.

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