28 de janeiro | 2019

O livro Plataforma chegou nas livrarias

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Democracia em Risco
“Democracia em Risco?” A pergunta que dá título a esta coletânea de artigos procura reagir a uma constatação: as eleições de 2018 são um marco no curso da história de nosso atual regime democrático, iniciado com a promulgação da Constituição de 1988. Fato novo, um candidato de extrema-direita — de retórica virulenta e ideias conservadoras em matéria de costumes, mas vestindo novíssimo traje ultraliberal em assuntos econômicos — tornou-se contendor imbatível, deixando para trás velhas figuras e partidos que haviam dominado a cena desde a conformação da Nova República.  A vitória de Bolsonaro suscita muitas interrogações, tanto relativas aos processos que levaram a ela quanto às suas consequências, em vários âmbitos. Este é o desafio que se colocou aos pensadores aqui reunidos, notórios especialistas em áreas como ciência política, história, sociologia, antropologia, economia e direito. Trata-se de um livro de intervenção, que pretende ajudar na compreensão de período que, tudo indica, virá a ser crucial nos rumos que tomarão nosso país e nossa sociedade.  Com 376 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

Cat Person e Outros Contos
Kristen Roupenian era uma autora desconhecida até a publicação de “Cat Person”, em dezembro de 2017, no site da revista “New Yorker”. Narrando o encontro de Margot, de vinte anos, com Robert, de 34, a história toma rumos inesperados ao abordar as expectativas frustradas, as questões de gênero e as relações pautadas pelas dinâmicas digitais. O conto ganhou alcance excepcional e se tornou um fenômeno editorial ao retratar, numa prosa surpreendente e eletrizante, o amor em nossos tempos. Ao longo de doze histórias, com tom ora sombrio, ora hilariante, a escritora explora com sensibilidade aguda e imaginação selvagem a realidade contemporânea com tintas por vezes absurdas — e até mesmo assustadoras. Esta reunião de contos apresenta uma galeria de personagens profundamente humanos e, por isso mesmo, estranhamente inquietantes e que buscam se relacionar em dias marcados por angústias, contradições, perversões e uma dificuldade intransponível de comunicação. Com 256 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

Plataforma
Michel Renault tem quarenta e poucos anos e passa seus dias tentando evitar ao máximo qualquer contato humano. Contudo, após a morte de seu pai, ele decide fazer uma viagem para a Tailândia; lá, ele conhece a jovem agente de viagens Valérie, que começa a injetar nova vida em seu dia a dia. Publicado um pouco antes dos atentados de 11 de setembro, “Plataforma” é um coquetel incendiário que ataca a globalização, o islamismo, o livre comércio, o sexo, o trabalho, as férias, o turismo, o consumo, o dinheiro e o neoliberalismo.  Como um Balzac pós-moderno, Michel Houellebecq constrói um modelo de crítica social capaz de abarcar o mundo globalizado. Correndo entre Paris e Pattaya Beach, entre clubes de prostituição e um massacre terrorista, “Plataforma” é uma obra-prima brilhante e apocalíptica. Com 272 páginas, o livro é da Editora Alfaguara.

O Fim do Homem Soviético
O povo russo assistiu com espanto à queda do Império Soviético. A política de abertura do governo Gorbatchóv impôs uma mudança drástica da estrutura social, do cotidiano e, sobretudo, da direção ideológica da população. Em “O Fim do Homem Soviético”, Svetlana Aleksiévitch examina a vida das pessoas afetadas por essa transformação. Em cada personagem está um pouco da história russa – a mãe cuja filha morreu em um atentado; a antiga funcionária do Partido Comunista que coleciona carteiras abandonadas de ex-filiados; o velho militante que passou dez anos em um campo de trabalhos forçados. O livro traz um painel fantástico de russos de todas as idades que se movem entre a possibilidade de uma vida diferente e a derrocada da sociedade que conhecem. De Svetlana Aleksiévitch, o livro tem 600 páginas e é da Editora Companhia das Letras.

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