18 de agosto | 2013

O Nepal como cenário da nova novela das seis

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Os protagonistas de “Joia Rara”, Bruno Gagliasso, Bianca Bin e Mel Maia, numa das primeiras cenas do folhetim / Renato Rocha Miranda-RG

Bruno Gagliasso e Bianca Bin interpretarão par romântico na pele de Franz e Amélia. O casal enfrentará forte oposição da rica família Hauser / Renato Rocha Miranda-RG

A Globo já deu a largada e a produção de “Joia Rara” segue a todo vapor. A trama está sendo escrita por Thelma Guedes e Duca Rachid e substituirá “Flor do Caribe”.

As primeiras cenas foram gravadas nas montanhas nevadas do Himalaia; sendo que o local serviu de cenário para as duas fases da história.

Durante mais de um mês, atores, diretores e demais membros de equipe de produção estiveram naquela região e gravaram o início da história de Franz Hauser, vivido por Bruno Gagliasso e Amélia, vivida por Bianca Bin. Ele, um milionário, enquanto que ela é uma simples operária. Franz abrirá mão de uma vida luxuosa por amor a Amélia, mas esta decisão poderá lhe custar muito mais do que ele imaginava.

O trabalho no Himalaia foi liderado pela diretora Amora Mautner que aproveitou todas as possibilidades do lugar: a algazarra das ruas da capital, Katmandu; o silêncio apaziguador dos mosteiros budistas; o calor da primavera tibetana, as paisagens exuberantes; os sorrisos genuínos dos moradores. “A novela não se passará exatamente no Nepal. Criamos uma cidade fictícia com referências de toda aquela região. Foi quase como montar um quebra-cabeça”, explica Amora, que comandou as gravações ao lado da diretora Joana Jabace.

Além de Katmandu, foram gravadas cenas nas cidades de Patan e Bhaktapur. Bungamati, uma vila do Século XVI, também serviu de locação, assim como o Golden Temple e o Mosteiro de Shechen. A luz, as cores, os cheiros e os sons do Nepal, com sua arquitetura grandiosa e a aura mística, encantaram toda a equipe. “O primeiro dia de gravação foi logo no Mosteiro De Shechen. Foi indescritível a emoção de começar lá”, disse Caio Blat, que dará vida ao monge Sonan. “É muito bom, em um veículo de comunicação de massa, poder falar de Deus, de compaixão. Eu me sinto privilegiado de poder levar uma mensagem como esta para o Brasil”, declarou o ator.

O colorido do lugar, impresso nos tecidos das roupas e nas paredes dos templos, aparecerá muito em cena, principalmente os vermelhos, laranjas e dourados. Os sons dos mantras e as cerimônias budistas permearam as gravações e inspiraram atores como Nelson Xavier – que será Ananda Rinpoche, o grande líder espiritual da trama – e Bruno Gagliasso e Bianca Bin – que viverão o casal protagonista. “Está sendo uma experiência espiritual incrível. Acho que estou aprendendo muito como ser humano. O Nepal tem uma energia inexplicável que mexe com a gente, é uma energia transformadora”, contou Bianca. Para Bruno, mais importante até do que a atmosfera é o lado humano: “A viagem foi essencial para sentir as pessoas daqui. O que me ajudou a compor o personagem foi estar em contato com o ser humano, com o outro, com o olhar desse povo que segue esta filosofia”.

O calor era forte, mas não desanimou nem mesmo os atores e figurantes que precisaram vestir os trajes de monges, que costumam ter três camadas: uma blusa transpassada, uma saia e um zen – espécie de pano usado no ombro. Em uma das cenas, a produção chegou a usar 180 nepaleses como figurantes. A equipe de figurino, comandada por Marie Salles, levou 24 malas de 32 quilos cada uma. Do Brasil, saíram cerca de 200 peças de roupas e acessórios. “E no Nepal ainda confeccionamos alguns quimonos e roupas de monge. O grande desafio foi dar vida às pessoas que moram nesta cidade fictícia nos Himalaias. Para isso, misturei várias culturas orientais. Outro desafio era fazer as nuances de vermelhos nas roupas dos monges, para dar profundidade e não ficar uma só massa na tela”, explicou a figurinista.

Carmo Dalla Vecchia, que será o vilão Manfred, não gravou cenas no Nepal, mas viajou com a equipe para se imbuir do espírito local. Fotógrafo nas horas vagas, o ator – que é budista – aproveitou para registrar imagens dos colegas. “A novela falará do valor da amizade, do afeto e do amor sem que isso soe piegas. Para mim, como praticante do budismo, ir para o Nepal foi importantíssimo. No Brasil, a pobreza, muitas vezes, gera violência. No Nepal, não. É um país paupérrimo, mas as pessoas te recebem bem, sorriem pra você de forma sincera. Isso é muito chocante, principalmente para quem mora no Rio de Janeiro. O bom de viajarmos é justamente podermos questionar o padrão de vida que temos em nosso país de origem. Temos muito o que aprender com os nepaleses”, afirmou Carmo.

Também gravaram no Nepal os atores Nelson Xavier, Mel Maia, Ângelo Antônio, Adriano Alves, Fabio Yoshihara e Adriano Bolshoi.

O ponto de partida de “Joia Rara” é no Monte Everest, onde Franz (Bruno Gagliasso), Manfred (Carmo Dalla Vecchia) e Eurico (Sacha Bali) participam de uma escalada, em 1934. Há uma avalanche na montanha, e Franz é resgatado por monges. Muito ferido, é acolhido por Ananda (Nelson Xavier) e passa semanas convalescendo no mosteiro fictício de Padma Ling. Do convívio de Franz e Ananda nasce uma profunda amizade, que será muito importante para a trama.

A história de Thelma Guedes e Duca Rachid terá como eixo central a compaixão, amor ao próximo, liberdade, prática do bem. Imbuir-se da filosofia budista é mergulhar na busca incansável por um mundo melhor. É lapidar a joia rara que existe dentro de cada um para tornar bom o que é ruim; etéreo o que é mundano. A história desta poderosa força transformadora será contada através dos personagens da trama.

Tudo começa com um grande amor e polos que se atraem. De um lado Franz, rapaz milionário, materialista e mimado; do outro Amélia, moça pobre, desprendida e batalhadora. Desta paixão à primeira vista, que enche de ódio os vilões Manfred e Silvia (Nathalia Dill), nasce Pérola (Mel Maia). Como diz seu nome, a menina é pura e preciosa. Com sua ajuda, os pais percebem que o amor que os uniu um dia nunca teve fim; unicamente por ela, o coração duro e preconceituoso do avô Ernest (José de Abreu) se ilumina de afeição. Pérola é mesmo valiosa e especial, o que pode ser explicado pelos monges: ela é a reencarnação de Ananda (Nelson Xavier), um líder espiritual budista. Pérola tem, portanto, uma missão: ensinar as pessoas a amar incondicionalmente.

Em um arco de tempo que vai de 1934 a 1945, “Joia Rara” tem cenários exuberantes como os Himalaias e o Rio de Janeiro, com sua Copacabana, a Lapa boêmia e o brilho de seus cabarés. A novela tem ainda no elenco Carolina Dieckmann, Mariana Ximenes, Domingos Montagner, Thiago Lacerda, Caio Blat, Letícia Spiller, Luiz Gustavo, Luiza Valdetaro, Reginaldo Faria, Nicette Bruno, Marcos Caruso, Tiago Abravanel, entre outros.

Agora é só esperar a estreia!

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