19 de janeiro | 2021

Os Viajantes

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Callíope, a Escrava de Atenas

No Brasil, “Callíope, a Escrava de Atenas”. Na Grécia, “Καλλι?πη, η δουλη τ?ν Αθην?ν”. A obra da paulista Cindy Stockler é dividida em 12 capítulos, cada um levando o nome de um dos 12 deuses do Olimpo. As 336 páginas contam a história de Callíope, uma jovem muito bonita que com apenas 15 anos foi dada em casamento por seu pai, um rico proprietário de terras ao redor de Atenas, a um cidadão muito mais velho do que ela. Os anos se passam e, em meio à Guerra do Peloponeso, a protagonista é vendida como escrava a outro cidadão da cidade. Em meio a uma viagem à Grécia Antiga, e ao misturar o entretenimento ficcional com personagens históricos, Cindy enriquece a produção com a política, filosofia e os costumes daquele tempo. A escravidão, os direitos de sucessão e de propriedade, o acesso à cidadania e o casamento tradicional da época são outros temas explorados pela autora. Além de ser finalista do Prêmio Jabuti 2020 na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior, outra novidade envolve a produção de Cindy: a edição em inglês foi lançada em dezembro em Nova Iorque, pela Adelaide Books, com o título: “Calliope, the Slave from Athens”. Com 336 páginas o livro é da Editora Letras do Pensamento.

 

Os Viajantes

James Samuel Vincent, um rico advogado, tenta se afastar de sua origem humilde de descendente de imigrantes irlandeses em Nova York. Seu filho, Rufus, se casa com Claudia Christie, uma mulher de família negra cujo pai tem uma vida atravessada pela guerra do Vietnã e pelas tensões raciais que tomam conta dos Estados Unidos nos anos 1960. Histórias se alternam, se cruzam. E assim o leitor é levado por Regina Porter neste seu extraordinário romance de estreia. Através da perspectiva de diversos homens e mulheres, numa trama que avança e volta no tempo, o que vemos desenrolar é um panorama rico e variado da vida na América entre os anos 1950 e a eleição de Barack Obama. Porter justapõe uma série de breves episódios, vozes e fotografias, num recurso que ecoa o mestre W. G. Sebald, criando um efeito único. Com 384 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

 

Bauman: Uma Biografia

Zygmunt Bauman morreu em janeiro de 2017, aos 91 anos, deixando como legado uma produção literária extensa que o consagrou como um dos maiores intelectuais públicos do início do Século XXI. Sociólogo incansável na denúncia do individualismo e das desigualdades, sua voz ultrapassou a academia, levando milhões de leitores a pensar a sociedade através do conceito de liquidez. Escrita pela polonesa Izabela Wagner, esta é a primeira grande biografia de Bauman. Resultado de um longo trabalho de pesquisa, baseado em fontes inéditas, o livro traz à tona as complexas conexões entre as experiências de vida do autor e sua obra, mostrando de que forma sua trajetória como judeu polonês e refugiado moldou seu pensamento e fez dele um humanista radical, sempre em defesa da ética e da solidariedade. Neste trabalho primoroso, a autora reconstitui com brilhantismo os eventos mais dramáticos da história de Zygmunt Bauman, percorrendo os caminhos que o levaram a conquistar sua condição única, singular. Com 648 páginas, o livro é da Editora Zahar.

 

Os Incansáveis

Obstáculos existem para deixar a vida mais emocionante. Não há adversário forte demais. Não há treino pesado demais. Sempre é possível mais: lutar mais, ganhar mais e, principalmente, se esforçar no limite. Muito além do limite. Neste livro, o jornalista Sérgio Xavier Filho narra a trajetória de três judocas incansáveis, Rodrigo Guimarães Motta, Bahjet Hayek e Cristian Cezário, que se uniram para formar o Instituto Camaradas Incansáveis (ICI) e em pouquíssimo tempo mudar o patamar do judô brasileiro veterano no cenário mundial. Com 160 páginas, o livro é da Editora Faixa Preta.


 

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