21 de abril | 2019

Outubro Rosa e a importância do prevenir

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Hoje, a nossa coluna abre espaço para a médica ginecologista e obstetra, Gueiguila Cristina Rec­co (foto), que fala sobre a importância do movimento “Outubro Rosa”, que tenta despertar as pessoas para a necessidade de prevenir esta doença que atinge as mulheres de todo o mundo, mas em grande escala no Brasil.

Segundo ela, o câncer de mama é o tumor mais frequente entre as mulheres e a principal causa de morte por tumor no Brasil. Diferente dos países desenvolvidos, a mortalidade pelo câncer de ma­ma continua aumentando.

Como causa disso temos a falta de programas de rastreamento adequado e a baixa adesão da po­pulação aos programas oferecidos, principalmente devido a informações distorcidas e errôneas que algumas vezes são divul­gadas em mídias eletrônicas de forma irresponsável, fazendo com que mulheres tenham receio de realizar a mamografia, que é único exame que quando realizado de maneira sistemática em mulheres a partir dos 40 anos, reduz comprovadamente a mortalidade pelo câncer de mama em razão do diagnóstico precoce.

Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização do câncer de mama, surgiu nos EUA em 1990, e desde então vários países aderiram a causa. A cor rosa e o laço de fita são usados como símbolos de apoio.

Neste mês são organizadas ações para fortalecer a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença e são arrecadados fundos para pesquisa, prevenção, diagnóstico e tratamento da mesma.

No Brasil as sociedades médicas recomendam o rastreamento mamo gráfico anual para mulheres entre 40 e 75 anos. O au­toexame detecta o tumor quando o mesmo já está em fase adiantada, então não deve ser adotado co­mo método de rastrea­mento. O risco de câncer radioinduzido é extremamente baixo, não existe ainda estudo que de­mons­­tre que os riscos excedam os benefícios de re­alizar a mamografia na faixa e­tária recomendada, pois reforçando, é o único e­xame que fará diagnóstico precoce em mu­­­lheres assin­tomá­ti­cas, pos­sibilitando tratamento em fases iniciais com altas chances de cu­ra.

A doença pode não causar sintomas e nem dor, mas em sinal de nódulo palpável, pele da mama avermelhada, grossa, aspecto de “casca de laranja“, mamilo retraído, nódulos no pescoço ou axila, ou saída de secreção espontânea da mama, procurar atendimento especializado.

Como fatores de risco há: os casos de alterações genéticas, história familiar de câncer de mama ou o­vário, obesidade, seden­tarismo, uso de bebidas alcoólicas, uso abusivo de hormônios. Portanto, recomenda-se como forma de proteção: estilo de vida saudável, consultas anuais com profissional médico, clínico geral ou ginecologista para identificar fatores de risco, realizar exame físico, exames complementares e tratamentos individualizados quando necessários.

Mulheres com o diagnóstico de câncer de ma­ma devem seguir adequadamente o tratamento e o seguimento oferecido, pois muitos avanços foram feitos nas últimas décadas nessa área, trazendo cura na grande maioria dos casos ou melhorando a sobrevida e diminuindo a morbidade.

O mais importante é a postura das mulheres com a saúde das mamas, estando sempre atentas e realizando os exames de prevenção.

 

 

 

 

 

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