08 de junho | 2020

Qual foi a última vez que você tomou vacina?

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Quando o assunto é vacina, quase sempre a ideia é que somente as crianças precisam de vacinas, mas a realidade é bem outra.

È verdade que o novo coronavírus tem merecido atenção total, mas não podemos nos esqueer que doenças como o sarampo, por exemplo, voltaram a incidir e isso tem preocupado as autoridades sanitárias.

No Brasil, há uma segurança razoável da imunização contra o sarampo em crianças. Já em relação aos adultos não se pode dizer o mesmo. Isso se deve ao fato de a cobertura vacinal contra a doença ter sido intensificada no Brasil a partir do final da década de 80. Praticamente todos os bebês nascidos desde então foram vacinados, mas quem tem mais de 20 anos pode não ter recebido a dose e, assim, estar suscetível à contaminação.

Diante disso, o Ministério da Saúde recomenda às secretarias estaduais de municipais de Saúde que desenvolvam estratégias para intensificar a vacinação dos viajantes e dos profissionais da área de turismo. A vacina está disponível em qualquer posto de saúde, mas os próprios empresários de turismo, associações ou sindicatos do ramo podem procurar as representações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) das secretarias estaduais de Saúde e elaborar ações de vacinação para grupos específicos. Nesses casos, o PNI fornece doses da vacina para aplicação nos profissionais.

Erradicada do Brasil desde 1994, a poliomielite ainda ocorre em regiões que mantêm estreita relação turística e comercial com o Brasil, como é o caso da África. Para garantir a erradicação da doença, o Ministério da Saúde promove, em parceria com Estados e municípios, campanhas de vacinação contra a paralisia infantil, de forma a aplicar doses de reforço àquelas recebidas pelas crianças na rotina dos postos de saúde. Portanto, é importante manter o cartão de vacina da criança atualizado.

Outro flagelo é a febre tifoide; provocada pela bactéria Salmonella typhi, é uma doença transmissível associada a baixos níveis socioeconômicos, em especial às precárias condições de saneamento, higiene pessoal e ambiental. A infecção ocorre pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes humanas ou com urina que apresentem a bactéria S. typhi. Algumas vezes pode ser transmitida pelo contato direto (mão e boca) com fezes, urina, secreção respiratória, vômito ou pus de indivíduo infectado. A vítima elimina a bactéria nas fezes e na urina, independentemente de apresentar os sintomas da doença.

Os principais sinais e sintomas da doença são febre alta, dores de cabeça, mal-estar geral, falta de apetite, retardamento do ritmo cardíaco, aumento do volume do baço, manchas rosadas no tronco, prisão de ventre ou diarreia e tosse seca. O paciente deve receber tratamento ambulatorial, basicamente com antibióticos e reidratação. Em casos excepcionais, é preciso internação para hidratação e administração venosa de antibióticos. Sem tratamento antibiótico adequado, a doença pode ser fatal em até 15% dos casos.

Para se prevenir da doença, basta ferver ou filtrar a água antes de consumi-la, prevenir-se com higiene pessoal, saneamento básico e preparo adequado dos alimentos, evitar alimentação na rua e, se necessário, dar preferência a pratos preparados na hora, por fervura, e servidos ainda quentes.

E tem ainda o tétano, cujo reforço deve ser aplicado de 10 em 10 anos, mas que por isso mesmo, alguns adultos foram imunizados quando crianças e depois, nunca mais. Trata-se de uma vacina importante que fica esquecida.

Procure um posto de saúde e coloque a sua carteira de vacinação em dia. Este ainda é o melhor remédio.

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