Embora quantitativamente ainda não tenha a perfeita noção da interferência, o certo é que o acidente ocorrido no mês de julho com o avião da TAM, no aeroporto de Congonhas, está afetando os negócios das agências de viagens da cidade de Olímpia, principalmente quando se trata de pacotes cujo meio de transporte é a aviação. Até mesmo quem viaja a negócios tem demonstrado receio em utilizar o transporte aéreo.

De acordo com Helena Falconi, da agência Thermas Tour, a partir do acidente com o avião da Gol, no final de setembro de 2006, os problemas já começaram a surgir e, consequentemente, aumentaram a partir do acidente com o avião da TAM no aeroporto de Congonhas, no mês de julho próximo passado, contribuindo para que as pessoas voltem a dar preferência pelas viagens terrestres ou mesmo marítimas: "Estão pensando duas vezes antes de ter que ir para um aeroporto".

Outro problema, que também tem sido levado em consideração, são os remanejamentos de vôos que pousariam em Congonhas para outros aeroportos, dificultando bastante as conexões que levam os passageiros aos seus destinos.

"Além dos passageiros que vão a passeio ou férias, temos muitos que viajam a trabalho que tentam solucionar o problema de uma outra forma. A não ser quando não têm outro recurso (para viajar) são obrigados a utilizar a viagem aérea", reforçou Falconi.

Inicialmente, segundo a estimativa de Falconi, houve uma queda de 20% nos negócios atrelados a viagens aéreas, índice que pode até crescer por causa de aumentos nos valores das passagens aéreas, principalmente por causa das alterações envolvendo o aeroporto de Congonhas.

Na agência Guia Tour, a proprietária, Sandra Abrante, confirma que as pessoas passaram a temer as viagens aéreas depois do acidente envolvendo o avião da TAM. Se a própria crise do setor da aviação civil já preocupava os passageiros. A situação se complicou ainda mais a partir de julho. "Depois do acidente teve uma queda maior", asseverou. O acidente no aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo, em meados do mês de julho deste ano, de acordo com a estimativa de Abrante, gerou uma queda de até 80% na preferência por viagens aéreas.