02 de março | 2015

Água chegou a quase um metro de altura no alto da Waldemar

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Além da desagradável surpresa que é mais uma vez u­ma enchente invadir a residência ou um estabelecimento comercial, um fator que assustou e deixou os moradores indignados é que a água chegou a quase um metro de altura nas proximidades do cruzamento das Avenidas Deputado Dr. Waldemar Lopes Fer­raz e Mário Vieira Marcondes.

A informação é da comerciante Rute Macedo Belasque, proprietária de uma loja no número 43 da Waldemar Lo­pes Ferraz: “A água subiu quase um metro”, enfatizou.

A enchente, segundo ela, acontece todos os anos: “Todo mês de janeiro e fevereiro”. “Eles estão tentando sempre mexer e não vira nada. Eles falam que vão resolver e não resolvem. Entra água na minha loja, entra água em tudo”, acrescentou.

A comerciante conta que há 15 anos vem sofrendo com o problema e acredita que até já adquiriu um problema de saúde por causa das enchentes: “Eu peguei friagem nos nervos. O médico falou que eu estou com reumatismo nos músculos e nos nervos”.

“Todo ano é isso aqui. É um mês direto. Esse ano já houve três enchentes”, reclama.

Mas ela diz que a situação está piorando a cada ano que passa: “Eles tiraram uma casinha ali, a Prefeitura comprou o terreno, mas ainda não fizeram a tubulação. Tem um buraco enorme no nosso muro (atrás) porque não colocaram concreto. Está cimentado do lado, mas o fundo que todo mundo cedeu terreno eles não cimentaram”.

Rute Macedo conta que já chegou a sofrer com a perda de móveis e até eletrodomésticos, mas desta vez reclama apenas de prejuízos comerciais: “Em época de enchentes ninguém vem no comércio daqui”. “Queria dizer para eles se preocuparem mais porque a cidade é um ponto turístico e aqui está bem modificado. Em vez de melhorar está piorando. Nessa época do ano não passa ninguém aqui (na loja)”, reforçou.

NÃO SABIA DA PROPORÇÃO

A faxineira Suzeli Perpetuo Inácio de Souza está residindo no número 366 da Rua Castro Alves há 15 dias. Segundo ela, na garagem da ca­sa a água subiu quase um me­tro. “Eu fiquei num desespero muito grande. Queria sair e não podia. A água subiu muito depressa e não deu tempo de sair. Aí começou a entrar na sala e me deu um desespero ma­i­or ainda. Deu vontade de pular o muro, deixar os trens tudo ai e sair correndo”.

Pagando R$ 500,00 de a­luguel, ela conta que foi avisada do problema, mas não da proporção que atingiria. “Muita gente falou, mas assim: ah, não molha muito, só vai até no primeiro degrau. Mas hoje eu vi que é mentira. Que molha tudo”.

Nascida em Olímpia, ela conta que antes residia no Jardim Santa Ifigênia, na zona norte. “Sabia do problema, mas para mim tinham arrumado. Mas foi o único lugar que eu achei uma casa foi aqui. Onde eu morava antes o homem pediu a casa. Então, tivemos pressa de sair e o único lugar que eu achei foi aqui”.

Mas conta que não perdeu nada além de um antigo aparelho de televisão. Porém, reclama da sujeira. “Vou ter de limpar tudo e depois ter de pagar a conta do consumo de água”. Para ela se trata de uma situação complicada e triste. “Nunca pensei que eu ia passar por isso que passei hoje”.

A surpresa também atingiu o aposentado Celso Luiz de Souza, morador de Severínia, mas que é proprietário da casa número 93 da Avenida Deputado Dr. Waldemar Lo­pes Ferraz. “Eu não esperava que dentro de 15 minutos i­nun­dasse a avenida. Como que pode inundar se tem jeito de fazer as coisas e não faz”, questiona.

Souza conta que a enxurrada carregou muita sujeira. “Tudo entulho. Não existe isso. Numa cidade como Olím­pia, como se diz, turística, não pode acontecer isso”. Mas diz ele que não foi a primeira vez que teve de encarar o problema. “Não é, porque a minha sogra morava aqui há 40 anos e faleceu”.

Depois disso, segundo ele, já é a terceira vez que tem de limpar o local. “Acho que tem que melhorar. O prefeito tinha que olhar pela população de Olímpia, uma a cidade turística não pode ficar desse jeito”.

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