25 de maio | 2008

Alunos do ensino integral da rede estadual “fogem” para o parcial

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 Parte dos alunos do sistema de período integral da rede estadual de ensino de Olímpia está deixando a unidade onde estuda e buscando o sistema tradicional, visando permanecer na escola apenas durante quatro ou cinco horas.

Pelo menos isso é o que se pode depreender da informação do professor Neder Nadruz Filho(foto) , ex-secretário municipal da Educação e diretor da Escola Dona Anita Costa: "Já recebi alunos que vieram de escolas de período integral, tanto é que não gostaram da maneira que estava sendo feito e vieram para essa escola de período parcial".

Porém, avalia que o sistema é bom desde que as escolas ofereçam as condições adequadas aos alunos: "para que permaneçam nelas por oito horas, mas com atividades dentro e fora da escola e não serem enfiados (sic) dentro de uma sala de aula".

Inicialmente, conta Nadruz, o período integral não deveria ser obrigatório e deveria ser implantado com o passar dos anos: "deveria ser facultativo, porque se muda o hábito das crianças com a necessidade de ficar na escola durante oito horas".

Efeitos

Mas ele acredita que o sistema, mesmo que obrigatório, surtirá os efeitos desejados brevemente: "desde que as escolas ofereçam condições para que a criança tenha atividade educacional e esportiva durante todo o dia e tendo lazer na escola", acrescenta.

Nadruz entende que as escolas da cidade não estão preparadas para o período integral: "não tem espaço físico suficiente para cumprirem todas as metas que são impostas para que elas realizem. Se tivessem espaço suficiente e fossem preparados os professores para que ministrassem corretamente, poderíamos ter melhores resultados".

Embora com alguns casos de alunos que considera "peculiares", Nadruz avalia como bom o ensino fundamental. Mas observa que falta alguma coisa para melhorar, principalmente em relação à Secretaria Estadual da Educação, que é o caso da escola que dirige.

"Mas é sempre feito aos poucos e aos trancos e barrancos, porque o professor não é preparado adequadamente, não tem curso de reciclagem e de formação. Deveria receber condições adequadas para poder melhorar o ensino fundamental. Falta adequar as escolas e oferecer a elas condições necessárias e materiais para que pudesse ser desenvolvida", explica.

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