25 de julho | 2011

Antigo prédio do Ceagesp até hoje não é da Italcabos

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A dívida que o município ainda tem com a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) e as ações que tramitam na justiça da Comarca de Olímpia, podem atravancar o crescimento da Italcabos, empresa instalado no antigo armazém localizado na rodovia de acesso Wilquem Manoel Neves.

A informação foi confirmada na semana passada pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho.

Embora não tenha afirmado, uma situação depende da outra. Quer dizer, não adianta apenas equacionar a dívida, que segundo o prefeito estaria na casa dos R$ 2,5 milhões, deixando as ações judiciais de lado.

Esse valor, segundo ele, está atualizado para cobrir as despesas com os prédios desapropriados ainda no segundo mandado do ex-prefeito José Fernando Rizzatti. Segundo o prefeito não foi aceita a proposta feita inicialmente.


A proposta, segundo ele, seria a devolução do prédio da fábrica de gelo e a reversão da compra do terreno anexo a Italcabos, também comprado na mesma época, para liquidar a divida. “Daria uma entrada e faria um parcelamento de três ou quatro anos. Mas foi recusado por ofício”, contou.


No entanto, não há um prazo, seja da Ceagesp, seja da Italcabos: “Na realidade a pressa que existe é de dar uma tranquilidade para a empresa continuar investindo, até porque se precisar de um empréstimo no BNDS e não tiver a escritura de que ganhou o terreno do município, não conseguirá concretizar”, disse.


Além disso, há outros entraves. São ações judiciais que também precisam ser solucionadas, uma delas do município pedindo a devolução do imóvel.


De acordo com o prefeito não adianta acertar a questão financeira, pagar parcelas e, depois a empresa ter de devolver o imóvel ao município. Para tanto, pretende também fazer um TAC com o MP com a finalidade de arquivar os processos. “Fiz um acordo e vamos arquivar tudo isso. Eu pretendo fazer isso para arquivar tudo”, explica.


Embora não haja uma ameaça da empresa, o prefeito confirma que há pedidos de agilização da solução para o problema. “Não estão impondo, só estão pedindo uma colaboração política para agilizar”, reforçou.


Mas avisa que a Prefeitura está pagando dívida de precatórios e do ginásio de esportes fantasma e não pode assumir dívida de mais uma parcela de valor grande. “É difícil”, enfatizou.


Geninho informou que já participou de várias audiências tanto em Brasília, quanto em São Paulo e espera uma solução para pelo menos em 90 dias no máximo. Nova reunião está marcada para a quinta feira da próxima semana, dia 21, em São Paulo para rediscutir a questão.


Mas explica que a Ceagesp foi agora adquirida pelo governo federal e está em fase de reestatização. “Por isso o aceite de uma proposta depende de um conselho e não apenas da decisão de um presidente”, finalizou.


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