31 de março | 2019

Apenas três mil pessoas utilizam o transporte urbano em Olímpia

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Dentre as justificativas apresentadas pela prefeitura esta semana para justificar o reajuste nas passagens do transporte coletivo urbano de Olímpia, a que chama mais a atenção é a afirmação de que apenas três mil pessoas utilizam este tipo de transporte na cidade. Ou seja, manos de 10 por cento da população.

Outra justificativa que também pode ser considerada preocupante é que mostra apenas 50% dos usuários pagam passagens para utilizar os ônibus circulares. Destes, apenas 30% pagam os valores totais e 20 % pagariam meia passagem por serem estudantes. Os 50% que não pagam seriam idosos e deficientes.

Segundo a Prodem, esta situação estaria inviabili­zando o serviço, já que a despesa seria superior à arrecadação. “Por isso, durante a reunião do COMTU entendemos que o realinhamento de valores se mostra necessário a fim de que a prestação dos serviços de transporte público em nosso município tenha continuidade e que seja de qualidade aos seus usuários”, disse o diretor-presidente da Prodem, Leandro Pierin Gallina.

O decreto que regulamenta o reajuste da tarifa foi publicado na edição do Diário Oficial Eletrônico, de terça-feira (26). Serão fixados comunicados nos veículos para informar a população.

Ainda segundo informações da Prodem, o im­passe com o serviço de transporte coletivo é uma realidade vivida por diversos municípios. Em Olím­pia, a empresa Bontur foi a responsável pela concessão por quase 10 anos, sendo que o contrato venceu no ano passado e não foi renovado por desacordo entre as partes e ainda porque o mesmo foi julgado como irregular pelo Tribunal de Contas do Estado. Diante disso, desde outubro a empresa Fadel presta o serviço emergen­cial no município, enquanto uma nova contratação, já em fase final, é realizada por meio do setor de licitação.

A proposta de reajuste foi aprovada pelo Conselho Municipal de Transportes Urbanos (COMTU) em reunião realizada na segunda-feira, 25 de março, como alternativa analisada diante do impasse da prestação do serviço no município, uma vez que a empresa Expresso Fadel Ltda., que tem um contrato emergencial de concessão do transporte, já vinha solicitando o reajuste, tendo, inclusive, protocolado a proposta no início do mês.

Segundo alegações da empresa, o realinhamento de valores se justifica tendo por base os aumentos dos insumos como, por exemplo, as recorrentes altas nos valores dos combustíveis, que elevam, por efeito dominó, os preços dos outros insumos como pneus, peças, mão de obra, entre outros.

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