21 de janeiro | 2007

Boliviano atuou na Santa Casa cinco anos sem CRM

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Responsável inclusive pela reativação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o médico boliviano Reys Egues Justiniano atuou na Santa Casa de Olímpia por mais de quatro anos, sem possuir registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). A informação foi confirmada pela reportagem desta Folha junto a provedora do hospital, Helena de Souza Pereira.

Helena confirmou que Reys, que é nascido na cidade de Santa Cruz de La Sierra, atuou no hospital durante mais de quatro anos, portanto sem possuir o registro no órgão classista. Nos registros da Santa Casa consta que Reyes trabalhou no período de 2000 a 2005.

Considerado muito competente por todos que mantiveram contato com o profissional boliviano, tanto por funcionários que ainda trabalham na Santa Casa, quanto por antigos membros da diretoria, na ocasião estava fazendo estágio no Hospital de Base de São José do Rio Preto que, por ser um hospital escola, tem autorização legal para permitir que profissionais venham de outros países para cá. Reyes trabalhou sob a batuta de dois ex-provedores da Santa Casa.

Na tarde de ontem a editoria do jornal consultou o endereço eletrônico do CRM e não consta nenhuma informações sobre o nome de Reyes, principalmente no período de 2000 a 2005.

No período de 2000 a 2004 o provedor era o advogado Pedro Antônio Diniz, que atualmente não só faz parte da assessoria jurídica do prefeito Luiz Fernando Carneiro, como também é considerado o principal orientador jurídico da prefeitura.

O restante do período em que o boliviano atuou na Santa Casa foi sob o comando do aposentado da CPFL Mário Moreira, que antecedendo a atual provedora, permaneceu no cargo de abril de 2004 a abril de 2006.

Assim como o advogado Pedro Antônio Diniz, que assessora diretamente o prefeito Carneiro, Mário Moreira segundo consta, também pertenceria ao grupo político do prefeito, sendo considerado inclusive um dos que teria muita influência na emissora de rádio que teria sido adquirida por eles.

Helena confirmou também que o profissional acusado de estar exercendo ilegalmente a profissão de médico na cidade de Severínia, Julio Cesar Gonzaliz Murilo, também trabalhou na Santa Casa de Olímpia.

Consta ainda que depois ele atuou entre os anos de 2000 a 2002 e teria saído e depois voltado para trabalhar no período de abril a agosto de 2003, também dentro do mesmo processo de estagiário autorizado pelo Hospital de Base de Rio Preto.

 

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