09 de janeiro | 2022
Bombeiros encontram todos os 10 corpos de tragédia em Capitólio
ESTAVAM NA MESMA LANCHA!
As últimas duas pessoas que estavam desaparecidas foram encontradas mortas pelos militares na tarde de hoje (9/1)
DA REDAÇÃO COM
ESTADO DE MINAS E UOL E METRÓPOLIS
O número de mortos após a queda de uma rocha em um cânion de Capitólio (MG) subiu para dez. Em coletiva na tarde de domingo (9), o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil confirmaram que foram resgatados corpos e “fragmentos corpóreos” das vítimas.
A perícia identificou duas vítimas, mas o nome de apenas um deles foi divulgado.
Quatro lanchas foram atingidas após o desmoronamento, segundo os bombeiros. Sete corpos haviam sido encontrados no sábado, 08, no local do acidente. No domingo, 09, os bombeiros resgataram mais três vítimas: um homem, que estava submerso, um adolescente de 14 anos e o pai dele, de 37.
A operação de busca com mergulhadores foi reiniciada às 5h do domingo, e estava prevista para continuar, mesmo após a confirmação das dez mortes.
No sábado, os bombeiros haviam informado que os dez mortos estavam na mesma embarcação, que tinha a identificação do nome “Jesus”.
O IML de Passos (IML) trabalha na realização do exame necroscópico que deve indicar a causa de morte, se houve afogamento ou politraumatismo contuso, e também inclui exame toxicológico.
ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS
Ao menos 27 vítimas foram atendidas em hospitais da região e liberadas, sendo:
23 na Santa Casa de Capitólio e
04 na Santa Casa de São José da Barra.
02 seguem hospitalizadas:
– Uma na Santa Casa de Piumhi, com quadro de saúde estável, e uma na Santa Casa de Passos, também com quadro de saúde estável.
Uma mulher que teve a orelha dilacerada e foi atendida em Passos recebeu alta médica no domingo. Uma criança de 9 anos levada para Piumhi também foi liberada.
As quatro embarcações atingidas pela rocha levavam mais de 40 pessoas. São elas: embarcação EDL (14 pessoas foram resgatadas com vida); Jesus (dez pessoas morreram); uma lancha vermelha, sem identificação (10 socorridas); e Nova Mãe (9 socorridos).
As autoridades estimam que de 70 a 100 pessoas estavam no local no momento da tragédia.
DEFESA CIVIL EMITIU ALERTA PARA CABEÇA D’ÁGUA
Cerca de duas horas antes do desabamento da rocha, a Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta para chuvas intensas na região com possibilidade de “cabeça d’água” – não se sabe se existe alguma norma que proíba a entrada de turistas nessa situação no local onde ocorreu o acidente.
Na tarde de sábado, a Marinha havia informado que investigaria por que os passeios foram mantidos mesmo após os alertas. Depois, emitiu comunicado dizendo que “o ordenamento do espaço aquaviário onde ocorreu o acidente está sob a jurisdição da Prefeitura de Capitólio”.
Segundo o delegado regional da Polícia Civil, Marcos Pimenta, as vítimas estavam da embarcação “Jesus” estavam hospedados em um rancho em São José da Barra (MG) e eram familiares e amigos uns dos outros. Segundo o delegado, o proprietário da lancha era também parente das vítimas e dono da pousada. O piloto era funcionário dele.
Em coletiva, o delegado informou que já há informações sobre as demais pessoas que morreram. Porém, a polícia aguarda a resposta dos laudos e dos testes de DNA para ter a comprovação oficial da identificação das vítimas.
Veja abaixo quem são as vítimas da tragédia em Capitólio:
Julio Borges Antunes, 68 anos, natural de Alpinópolis (MG)
Vítimas que ainda aguardam identificação oficial:
– Homem de 40 anos, natural de Betim (MG) – piloto da lancha
– Mulher de 43 anos, natural de Cajamar (SP)
– Jovem de 18 anos, natural de Paulínia (SP)
– Homem de 67 anos, natural de Anhumas (SP)
– Mulher de 57 anos, natural de Itaú de Minas (MG)
– Jovem 24 anos, natural de Campinas (SP)
– Homem de 35 anos, natural de Passos (MG)
– Jovem de 14 anos, natural de Alfenas (MG)
– Homem de 37 anos, natural de Itaú de Minas (MG)
“Enquanto estamos aqui, os bombeiros e a Marinha resgataram dois corpos, que estão sendo encaminhados a Passos [MG]. Não dá para dizer que são todos do mesmo barco”, disse Marcos Pimenta, delegado
Em entrevista à CNN neste sábado (8), o especialista em gerenciamento de riscos e segurança Gerardo Portela citou uma “sucessão de erros” no acidente ocorrido em Capitólio, Minas Gerais. Segundo o Corpo de Bombeiros, oito pessoas morreram e 32 ficaram feridas após a queda de uma rocha no lago de Furnas, ponto turístico da região. Ainda há dois desaparecidos.
De acordo com o especialista, as imagens que circulam nas redes sociais revelam que os ocupantes das embarcações foram alertados pelas pessoas ao redor sobre o risco de desabamento da estrutura. Ainda assim, conforme destaca o entrevistado, a iniciativa de se afastar da região de risco demorou a acontecer.
“Passaram em cima de pessoas na água”, conta sobrevivente de Capitólio.
Em vídeo, servidora pública relata que piloto da lancha onda ela estava foi atingido por pedra e embarcação ficou à deriva.
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