08 de fevereiro | 2022

Câmara aprova por 7 a 2 a CEI que pode cassar a vereadora Alessandra Bueno

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Para a vereadora, foi ‘briga de tricô’ que poderia ser resolvida fora da Câmara. Só Edna Marques e Lorão votaram contra CEI.


DA REDAÇÃO COM LEONARDO CONCON
Os vereadores da câmara municipal de Olímpia aprovaram na primeira sessão Legislativa de 2022, realizada na noite desta segunda-feira, dia 7, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que irá apurar denuncia de quebra de decoro parlamentar da vereadora Alessandra Bueno em relação a uma ‘live’ em rede social na qual teria ofendido a advogada Helena de Sousa Pereira.

A votação foi por 7 a 2, necessários dois terços dos vereadores, sendo contrários apenas Edna Marques e Helinton de Souza (Lorão) – Alessandra por ser parte denunciada, não vota.

Após a extensa leitura da denúncia formulada pela subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil de Olímpia, tendo em vista ofensas verbais desferidos em redes sociais, inclusive com palavras de baixo calão, Alessandra se defendeu dizendo que a denúncia seria um assunto de ‘tricotagem entre senhoras’, e que poderiam ter resolvido essa pendenga fora do Legislativo.

Seguiram a mesma linha, os dois vereadores contrários ao recebimento da denúncia Edna Marques e ‘Lorão’, embora Edna fosse mais rígida quanto ao comportamento e palavreado ‘chulo’ de Alessandra, classificando-a como ‘novata’ do parlamento, e que todos erram, inclusive ela já errou, portanto cabendo apenas uma retratação e não a abertura de CEI.

Não concordaram, apoiando evidentemente o recebimento da denúncia, os vereadores Cristina Reale e o novato João Luís Stellari (que substitui o novo secretário da Segurança, Trânsito e Mobilidade Urbana, Hélio Lisse Jr.). Cristina disse que o relatório de denúncia já pertence à Câmara e que a CEI seria o melhor lugar para Alessandra se retratar, sendo o mesmo pensamento de Stellari.

Após aprovação por 7 a 2, o presidente José Roberto Pimenta, Zé Kokão, fez o sorteio dos membros da Comissão Especial de Inquérito, sendo eles João Stellari, Sargento Renato Barrera, Helinton de Souza (Lorão), que declinou, e Lúcio Pereira (Amaral).

Em seguida, eleitos os suplentes Cristina Reale e Márcio Iquegami e, por fim, em reunião secreta, os membros da Comissão decidiram que a presidência será com João Stellari, sendo relator Barrera e o membro Lúcio Amaral.

Antes da leitura das 17 páginas do documento da OAB, Alessandra tentou também usou da palavra e questionou a legitimidade do documento, citando a autora (Helena) como um ‘ato isolado’ e, por fim, disse que, se aprovada a CEI, ela só teria uma palavra a dizer: “Perseguição”.

A sessão legislativa foi realizada no ‘hall’ do prédio, tendo em vista reformas no plenário.

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