Bem que o fabricante de sorvetes, Joel Carpiné (foto), estava torcendo para que fossem reais as chances de que o fornecimento de energia elétrica fosse restabelecido até por volta de 11 horas, prazo informado pela própria Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) para que tudo voltasse à normalidade.

Porém, como o proprietário da Shopping do Sorvete, Joel Carpiné, atestou para a reportagem, a torcida foi em vão e o prejuízo que temia acabou acontecendo: perdeu tudo o que já estava em processo de fabricação quando foi interrompido o fornecimento da energia por volta das nove horas.

O estabelecimento, assim como deve ter acontecido com todos os demais do ramo na cidade, foi bastante prejudicado por causa da falta de energia elétrica. "Bastante porque dependo dela (energia). O sorvete precisa congelar e não funciona nenhum maquinário, nenhum freezer. Já começou a derreter", reclamou ainda torcendo pela normalização do fornecimento.

Em relação ao que já estava em processo de fabricação, o proprietário já tinha, antes de ver a torcida pela volta da energia elétrica ir por água abaixo, praticamente certo de que teria prejuízo em relação àquela quantidade que se encontrava na máquina: "sorvete você não tem como congelar de novo".

Pelo meio do dia Carpiné falava em fechar o estabelecimento porque o sorvete já estava derretendo. "A previsão deles era para as cinco horas da tarde, ai não tem como, com esse calor, agüentar. É uma coisa que aconteceu assim sem avisar, porque se avisa ainda dá para você tentar contornar os problemas, mas agora é esperar e ver o prejuízo final", comentou, já resignado com as perdas.

O comerciante explicou que quando paralisa o fornecimento de energia elétrica por longo período, como aconteceu na quinta-feira desta semana, sem um aviso prévio, é praticamente certo o prejuízo.

"Não tem como ter um gerador aqui, não tem como a sorveteria ter", finalizou.