24 de fevereiro | 2019
Captação no Olhos D’água corre risco de contaminação
A captação de superfície que a Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental realiza no córrego Olhos D’água, na região do Jardim São José, na zona sul da cidade, corre risco de contaminação, inclusive por produtos de petróleo, deixando, principalmente a região central da Estância Turística de Olímpia sem água. A afirmação foi feita pelo prefeito Fernando Augusto Cunha na abertura da entrevista coletiva que concedeu à imprensa, na manhã de terça-feira desta semana, dia 19, na sede da autarquia.
“Hoje, 40% da água vêm do Córrego Olhos D’água, que está com menor volume de água, muito assoreado e tendo risco de incidentes. Não podemos conviver com riscos. Por isso, ampliamos a produção de água com os novos poços profundos”, afirmou depois de ter justificado a construção de novos poços, mesmo mais rasos, para suprir as necessidades da cidade.
“A água é imprescindível para a população. A Daemo tem a missão mais nobre, que é levar água até as casas. Temos que produzir água, depois temos que armazenar e distribuir essa água. Essas são as três fases importantes. Olímpia está parada há 50 anos na produção de água. Estamos vivendo de pequenos poços que são soluções improvisadas, que não dão segurança operacional”, acrescentou.
Naquele dia, junto com a superintende da Daemo Ambiental, Maria Justina Boitar Riscali, receberam a imprensa para apresentar os investimentos realizados pela autarquia nos últimos anos e um panorama dos sistemas de abastecimento de água e do tratamento de esgoto da cidade.
De acordo com a diretora da Daemo, furtos de bombas e até de equipamentos geradores de energia que são utilizados para suprir a falta de abastecimento de energia elétrica pela CPFL, acabam prejudicando o abastecimento e causando mais demora para a solução que visa restabelecer o fornecimento de água nos setores atingidos.
Porém, Tina Riscali diz que conta hoje com um trabalho de monitoramento dos reservatórios já em atividade para evitar a falta de água. “O nosso empenho principal é resolver o problema da falta de água”, reforça.
Desde o início de 2017, a Prefeitura e Daemo já investiram cerca de R$ 10 milhões em recursos próprios com a perfuração de novos poços, aprofundamentos de outros, instalação de reservatórios, interligações hidráulicas e rede de distribuição dos bairros Cohab I e II, Vila Hípica, Leonor I, Menina Moça I e Jardim Universitário, entre outras obras. A expectativa ainda é de injetar mais R$ 15 milhões nos próximos anos para resolver definitivamente o problema de falta d’água na cidade.
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