11 de março | 2011

Caso de agressão de aluno ganha repercussão regional com reportagem da TV Record

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O caso de uma possível agressão a um aluno especial em uma
escola da cidade acabou ganhando repercussão regional com uma reportagem
mostrada pelo programa Balanço Geral, da TV Record, de São José do Rio Preto,
apresentado pelo jornalista Sandro Pires.

A matéria foi mostrada na edição das 12 horas, na quinta-feira, dia 10, por às
10h10. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), de
Olímpia, na sexta-feira, dia 4 de março.

Segundo a informação os pais colocaram um gravador dentro da
mochila do filho, que tem apenas oito anos de idade e é portador de
necessidades especiais, para acabar com as suspeitas de que o menino era
agredido dentro da sala de aula, na Escola Joaquim Miguel dos Santos, zona sul
da cidade.

Na reportagem da TV, do repórter Leandro Waidemam, o pai, Ronildo
Rodrigues Gil Montagnoli, diz que desde o início do ano letivo o menino chegava
em casa com hematomas. “No começo ele não falava nada porque, eles
(professores) fazem um serviço muito forte, sabem usar a pedagogia para
deseducar e não para educar. E, a partir do momento que a gente começou a
desconfiar começamos a indagar o meu filho melhor, e ele foi soltando aos
pouquinho e fomos confirmando cada vez mais que o que ele falava era verdade”,
disse.

O repórter relata que, inconformados com a situação os pais
começaram a procurar provas para mostrar que a criança era realmente agredida
dentro da sala de aula. Por isso decidiram colocar um gravador dentro da
mochila da criança, que acabou registrando, em tese, o que teria ocorrido na
terça-feira, dia 1.º de março.

Nos trechos da gravação, com duração de aproximadamente
cinco horas, mostrados na reportagem o menino pergunta: “porque você me
machucou?”. A professora responde com um “hã”, como se não tivesse entendido a
pergunta e o menino repete: “porque você me machucou? a pergunta, que a
professora responde: “Não, isso aí não foi nada, foi a garrafinha que acertou”.
Em seguida o menino afirma: “não, não foi não”.

Num segundo trecho, aparece a professora gritando com o
aluno e ele chora. Em seguida aparece o que seria a voz da professora
novamente: “Abaixa a cabeça. Não levanta mais. Abaixa. Você quer ir para o
chão”. O menino responde: “não”. Então, ela ordena: “então fica quietinho”, mas
a criança chora novamente.

“E desse momento aqui, que percebi que ele ficou com medo
dela, foi onde que vi que a coisa era mais grave. Falei, agora preciso de
ajuda”, disse a mãe da criança, Mirian Martinez, logo em seguida. À reportagem,
a mãe declarou que após isso a professora começou a segui-la e que teria falado
para que não levasse mais o menino na escola.

A mãe relatou, fazendo gestos, como teria sido o contato
físico entre ela e a professora, nas proximidades de um supermercado na avenida
Dr. Andrade e Silva. “Foi terrível porque eu estava com a mochila e ainda tive
que pegar ela por aqui (mostrando que pegou a professora pelos cabelos na parte
da nuca), pelo cabelo atrás, ficar segurando com essa mão (esquerda) e com essa
outra (mão direita) segurá-lo, para ela não por a mão nele. Eu falava não põe a
mão nele, gritando alto e essa outra professora ainda podia ter ajudado e não
ajudou”.

OUTRO LADO
À reportagem da TV Record, a secretária municipal de
Educação Eliana Antônia Duarte Bertoncelo, disse que não recebeu nenhuma
denúncia oficial de pais de alunos sobre o caso. Porém, caracterizou a
reclamação como sensacionalismo. “Tem um caráter de sensacionalismo porque a
preocupação com a criança faz com que os pais, os responsáveis, procurem
imediatamente a direção da escola, a secretária da educação, para resolver o
problema. Procurar um meio de comunicação, antes de resolver o problema, é uma
atitude, no meu ponto de vista, não adequada para a situação da criança”,
afirmou.

No entanto, garantiu a secretária que vai apurar a denúncia
junto com a DDM, onde foi registrado o boletim de ocorrência. “O que nós vamos
fazer primeiro, antes de qualquer julgamento, vamos fazer uma verificação e
depois tomar as medidas adequadas”, avisou.

Antes do final da reportagem, o pai ainda declarou: “eu
espero que a justiça ande, porque eu botei meu filho numa instituição, da maior
boa fé, esperando que fosse bem tratado e aconteceu justamente o contrário. São
profissionais capacitados para cuidar dele e não para judiar, bater e espancar,
como estava ocorrendo com ele”.

A PROFESSORA
O apresentador informou que a emissora entrou em contato com
a professora acusada das agressões e ela, por telefone, alegou não ter agredido
o menino. Ela disse que a criança teria sido atingida por um outro aluno e que
tudo estaria registrado na ata da escola.

Ainda segundo a professora teria afirmado à
emissora, a mãe da criança chegou a agredi-la fora da escola e um boletim de
ocorrência policial teria sido registrado. Consta que a DDM abriu procedimento
para investigar o caso e que na próxima semana, todos os envolvidos deverão ser
ouvidos.

CLIQUE AQUI E VEJA A REPORTAGEM DA RECORD.

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