10 de janeiro | 2010

Cidinha reconhece que Festival perdeu essência sem Sant’anna

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A coordenadora dos Festivais, professora Maria Aparecida de Araújo Man­zo­lli, durante uma entrevista na qual falava sobre a importância do folclorólogo José Sant’anna, morto há 11 anos, reconheceu, esta semana que os Festivais do Folclore (Fefol), sem o seu criador, perderam a essência, se distanciando dos ideais do professor. Pelo menos isso é o que se pode depreender de um dos comentários feitos no início da tarde de sexta-feira, dia 8.

“Gostaria de dizer à população que nós estamos trabalhando para que aconteça no nosso festival, se Deus quiser, de 7 a 15 de agosto, com todo brilho que ele sempre teve, que as coisas aconteçam de maneira como, acredito, que o professor Sant’anna gostaria que fosse, claro que depois, na ausência dele, os festivais não tem mais o mesmo brilho, era ele a alma de tudo. Mas estamos aqui, com outras pessoas que estão colaborando, para levarmos em frente esse ideal e esse legado que ele nos deixou”.

Depois disso ressaltou: “Gostaria que os olimpienses tivessem essa dívida de gratidão com o professor porque ele realmente nos deixou uma herança, ele era um homem simples, não deixou nenhuma herança material nem para seus familiares, mas essa imaterial, a cultura, ele deixou para todos nós olim­pienses. Então, o festival não é meu, não foi dele, apesar de ser o criador, mas é da população, é de Olím­pia e é isso que queremos, que os olim­pienses amem esse legado e que assumam a sua herança como sua propriedade”.

Cidinha Man­zolli comentou bastante sobre a personalidade do professor e o trabalho que realizou. “Era um homem de paz, tranquilo, uma pessoa de visão que enxergava o futuro, que foi atrás dos seus ideais, lutou e batalhou por aquilo que acredita e deixou um le­gado como esse que são os festivais de folclore e todas as suas pesquisas e não somente a realização do evento”, relatou.

A importância das pesquisas que fazia, ainda não totalmente divulgadas, também mereceu citação da coordenadora. “Sant’anna ia a campo numa época de dificuldade quando não tínhamos uma tecnologia para gravar, para fazer as pesquisas, mas deixou muito material registrado. Tinha uma preocupação com o andamento do festival e principalmente o trabalho de preservação do folclore nacional”, disse.

O principal eixo do festival, ou seja, a preservação das manifestações autênticas, também fez parte de uma das reposta da professora. “Grupos ainda existem ligados ao nosso festival. Eles existem porque tem o festival de Olímpia e porque o professor incentivou”, comentou antes de informar que durante a homenagem no Cemitério São José, o Capitão José Ferreira, do Terno de Congada Chapéu de Fitas, do Jardim Santa Ifigênia, relatou que reiniciou seu grupo incentivado por Sant’anna.

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