19 de abril | 2009

Comercialização de usados caiu antes mesmo da redução do IPI

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Não só o reflexo do aumento da procura e mesmo das vendas de carros zero quilômetro respingaria na comercialização dos usados, mas a própria crise financeira que começou a dar as caras mais incisivamente no início do último trimestre de 2008.

Pelo menos isto é o que se pode depreender das informações obtidas pela reportagem desta Folha da Região, principalmente, com o proprietário da M&M Veículos, Osvaldo Minari. De acordo com ele, em outubro, por exemplo, a queda foi de 80%.

Porém, Minari assevera que não se trata de uma situação contínua. Se a queda maior aconteceu até o final do ano, quando começou o mês de janeiro de 2009 houve reflexos positivos, voltando a cair, aí sim por causa da redução do IPI (Imposto Sobre Produtos Importados), apenas no mês de março.

“Mas no começo deste mês (abril) já retomou e está tendo boa procura. Então, isso é importante. É um movimento de clientes que estão a procura por usados, mas até então só estavam procurando pelos carros zeros”, explicou. A redução, segundo ele, atingiu mais os modelos movidos à gasolina: “para o carro álcool há procura e a venda está aquecida ainda”.

A procura por um carro usado é sempre boa, segundo explica o funcionário da Shoppingcar, Antonio Costa, mas as vendas é que não têm se concretizado: “caíram bem e por causa do IPI do carro zero, caíram muito os preços dos carros zero”. Se de maneira geral as vendas caíram 13%, quando se fala dos importados a situação é ainda pior: “caiu uns 20%”.

Porém, a queda chegou a ser considerada grande, como analisa Emerson Nardeli, funcionário da Olímpia Veículos. “Agora estamos estabilizando e a gente está trabalhando para isso. O preço caiu, a gente sofreu com as perdas, mas os preços dos que a gente compra baixou também. O mercado está subindo, lentamente, mas está”, garante.

No entanto, ele aponta como causa da oscilação principalmente a mídia televisiva. O pior período, segundo ele, foi no começo da crise: “até por causa das propagandas da televisão, o pessimismo dos jornais e televisão. Falam muito em pessimismo, falam em crise e o pessoal se amedrontou para comprar os carros, mas agora está voltando”.

 
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