17 de agosto | 2008

Coordenadora do fefol desconhece reclamação do Terra da Luz

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A coordenadora cultura do 44.º Festival do Folclore (Fefol) e presidente da Associação Olimpiense de Defesa do Folclore Brasileiro (AODFB), Rosali Gobato Ducatti, afirmou à reportagem desta Folha, nesta sexta-feira, dia 15, que desconhece a reclamação feita pelo professor Francisco da Silva Freitas, coordenador do Grupo Parfolclórico Terra da Luz, da cidade de Fortaleza, Estado do Ceará.

Antes de iniciar sua apresentação no palco A, que fica instalado na arena cultura do Recinto de Exposições e Atividades Folclóricas Professor José Sant’anna, Freitas reclamou da "mesmice" (sic), que acaba acontecendo com apresentações, por exemplo, o folclore cearense, por grupos de outros estados.

"Desconheço isso daí. Nós fizemos a programação certinha e foi seguida à risco. Nós não ouvimos reclamação de ninguém, de nenhum grupo. Pelo menos para nós da organização não chegou nenhuma reclamação. Acho que eles, se empolgando com a platéia e superou as expectativas desse ano, resolveram mostrar algo mais da sua terra e do seu estado", declarou.

E esta é uma das reclamações que se ouve de grupos folclóricos e parafolclóricos, ou seja, a falta de melhor acompanhamento dos grupos durante a estadia na cidade e até nas apresentações que fazem no recinto. Uma situação que merecia o acompanhamento pessoal do professor José Sant’anna, quando ainda vivo, que, inclusive, deixava as cercanias do palco apenas após o encerramento de todas as apresentações.

Ducatti conta que, junto com os demais componentes da comissão organizadora, procurou fazer tudo conforme havia sido combinado. Ela afirma acreditar que o festival melhorou: "a gente sabe que tudo o que vai crescendo, que vai atualizando, você tem que se atualizar junto, e acontece, que para manter um festival dessa grandeza, sem tanto patrocínio, a gente tem grandes dificuldades".

Ela explica que tudo na área cultural é muito difícil: "mas ele (festival) é mais difícil ainda porque a gente quer e tem mantido as raízes e o legado que deixou o professor Santa’anna. A gente não tem mexido na essência do festival, tanto é que esse ano nós estamos com 11 grupos folclóricos aqui em Olímpia, folias de reis, que quatro resgatadas esse ano. Isso significa que o legado dele está sendo colocado em ordem", afirma, reforçando que o resultado "superou" as propostas do idealizador e criador do festival.

Por outro lado, ainda não há números definitivos sobre o custo do festival e nem mesmo da data da divulgação do balanço. "Há uma previsão de mais ou menos 800 mil, estamos fechando o festival e os patrocínios estão chegando aos poucos. Vai demorar mais ou menos 15 dias ainda para apresentar esse balancete", explica.

Por enquanto, segundo Ducatti, os pagamentos estão sendo efetuados com o que foi arrecadado com das barracas, parque de diversões e estacionamento. O que faltar será pago de acordo com a chegada dos recursos de patrocinadores.

"Normalmente, todo o ano, depois do festival, nós temos que terminar o festival, fazer a nossa prestação de contas e em seguida que a verba chega", justifica, acrescentando que entende ser difícil haver alguma sobra de caixa.

"A gente não espera que tenha sobra de caixa porque na realidade é muito difícil de sobrar caixa. A gente quer, na realidade, fazer um bom festival como nós estamos fazendo há oito anos e tenho certeza que para cobrir as despesas, se Deus quiser, dará", finalizou.

 

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