20 de janeiro | 2013

Crianças do Jardim Tropical II vão frequentar creche inacabada

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As crianças do Jardim Tropical II, bairro localizado na zona oeste de Olímpia, vão começar a frequentar as aulas em uma creche cuja obra ainda está inacabada. Essa é pelo menos a informação que a própria secretária municipal de Educação, Eliana Antonia Dua­r­te Bertoncello Monteiro (fo­to), durante entrevista que concedeu a um órgão da imprensa local.

Embora esperada para funcionar no segundo semestre do ano passado, depois para ser concluída em dezembro, uma obra de meio milhão de reais ainda não está concluída, mas segundo informou “vai funcionar” (sic) mesmo assim.

“Ainda tem problemas sérios para serem resolvidos” disse. “O empreiteiro deu garantia de que estaria pronta em abril, fizemos planejamento para começar em julho, mas por várias razões esta escola não está pronta até hoje”, acrescentou.

Entretanto, a secretária diz que tudo se deve ao projeto original do prédio, que é do Ministério da Educação, que não teria sofrido interferência do Município. “E ele (projeto) não contempla rede elétrica nem hidráulica. Isso tem de ser feito depois que a empresa entrega (a obra). Aí começa de novo a furar parede para passar fiação. Quando nós conseguimos chegar nisso a fiação foi roubada, tivemos que por segurança, e a partir de julho para cá são várias estórias que vão acontecendo e atrapalhando tudo”, reclama.

CRECHE JÁ SOFRE COM ENCHENTE

De acordo com ela, outro problema que foi verificado agora é que o prédio não tem equipamento para escoar as águas de chuvas. “Está sendo colocada tubulação e terminado vamos fazer reparo no telhado do pátio e depois vem a finalização da parte interna, instalação de ventiladores, fazer a limpeza”, contou o que ainda falta.

É por isso que ela diz que fica em “situação complicada” porque está dando explicações “para uma coisa que as pessoas não aceitam”. No entanto, diz que tinha uma “esperança muito forte” de que em dezembro de 2012 a creche estivesse pronta.

“Fizemos matrícula em outubro, já tem diretor e coordenador trabalhando na montagem da escola, fazendo listas de alunos e organizando. Hoje (quarta-feira desta semana) teremos reunião com os pais para expor a situação. Ela vai funcionar porque fizemos matrículas, os pais já se programaram para deixar a criança lá”, garante. “Mesmo que a empresa continue (trabalhando) na parte externa”, enfatiza.

De acordo com a secretária, já há equipamentos adquiridos, mas não podem ser implantados. “Já temos o parquinho, mas não podemos colocar. O ar condicionado também não. Isso tudo fica parado aqui na Secretaria”, reclama.

“Temos até dia 1.º (de fevereiro) para ver o andamento da obra. É vergonhoso ter que admitir que foi muito lento (trabalho de construção). De novidade de janeiro de 2012 para janeiro de 2013 foram o muro, a calçada e a grade da frente. É muita morosidade porque existe a dependência de várias questões para poder executar o trabalho”, afirma. “Então, temos que fazer funcionar”, reforça.

Também de acordo com ela, a escola não terá o chamado período integral, mas só meio período. “Um sistema novo e precisamos dos pais. Precisamos saber a rotina das crianças, almoço, merenda, até as seis horas da tarde”, explica. Eliana Bertoncelo informou que a escola funcionará em dois períodos: das 7 às 12 horas e das 13 às 18 horas.

BERÇÁRIO REDUZIDO

Para o berçário poder atender no limite serão dois períodos. “Há uma expectativa enorme e é só para oito crianças. Faremos dois períodos para atender 16 crianças. A mãe leva de manhã e busca às 12 horas. A outra leva às 13 horas e busca às 18 horas”, justificou.

Porém, a secretária entende que mesmo com todos os problemas a situação é considerada tranquila. “Foram 47 matrículas, sem as transferências. Até o momento funcionou bem a questão do meio período”, conclui.

DÉFICIT

Segundo uma informação publicada pela imprensa regional em meados de março, creditada ao Ministério de Educação, o município de Olímpia estaria com um déficit de 436 vagas em sua rede de creches e pré-escolas.

Esse dado, que seria o total de vagas necessário para zerar o déficit no setor, inclusive coloca o município na sexta posição entre os que mais estão necessitando na região noroeste. A informação foi publicada no último dia 10 de março pelo jornal Bom Dia, de São José do Rio Preto.

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