01 de novembro | 2009

Daemo admite que esgoto está sendo jogado acima da captação

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O diretor superintendente do Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAE­MO), Valter José Trindade, admite a possibilidade de haver descarga de esgoto doméstico no córre­go Olhos D’água, em um ponto acima da represa de captação de água do Jardim São José, zona sul da cidade de Olímpia. Essa possibilidade foi confirmada no início da tarde da terça-feira, dia 27, durante entrevista que concedeu a uma emissora de rádio da cidade.

Na oportunidade ele foi questionado sobre um ponto existente embaixo da ponte do vertedouro da represa de contenção do Recco, conhecida por ponte seca, onde uma tubulação que deveria jogar apenas água de chuva no local, que o diretor admite possa estar sendo usada com ligação de esgoto clandestina.

Segundo ele havia uma tubulação no local que apresentava problema, mas que foi consertada. O local fica pouco acima da Estação de Captação do Jardim São José, que abastece a Estação de Tratamento de Água (ETA), do Jardim Toledo, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 40% da cidade.

No entanto, ele alega que no local há uma galeria de águas pluviais e que recolhe também a água que corre diariamente pelas ruas do bairro, no caso a Cohab III. Mas não destaca a possibilidade de haver alguma ligação clandestina de esgoto.

“Pode haver porque as pessoas fazem. Mas todas as galerias que descem para o córrego levam toda a água de chuva para o córrego e nós vamos tratar a água para beber. Mas vou ver esse caso”.

PERÍMETRO URBANO

O fato da estação de capitação ser localizada no perímetro urbano é considerado um fator de risco por Trindade. “Pode ocorrer de romper uma galeria de esgoto e ir para o córrego, mas isso tem forma de tratamento”, avisa.

Por isso, segundo Trindade, hou­ve um curso de 20 horas, recentemente, para todos os funcionários da ETA, para garantir a qualidade do tratamento da água, quando eventualmente, con­ta­minada por esgoto. “O volume de esgoto que cai ali é tratável tranqüilamente”, explicou.

O diretor reclama apenas que aumenta o custo do tratamento, mas garante que a água somente vai para a torneira do consumidor depois de atestada a melhor qualidade possível, em se tratando de potabilidade.

Por outro lado, reclama que há pessoas que desrespeitam a natureza e jogam esgoto in na­tura no córrego, além de lixo e animais mortos. “O esgoto caiu ele é tratado. Não tem condições nenhuma de servir uma água de má qualidade”, finalizou.

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