24 de janeiro | 2022

Deputada denuncia funerária local ao Ministério Público em São Paulo

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Corpos sendo lavados jogados no chão e até sangue que é retirado do corpo sendo jogado no esgoto, são denunciados em vídeo.


A deputada Estadual Adriana Sanches Galdeano Borgo, conhecida como Adriana Borgo, do PROS – Partido Republicano da Ordem Social, denunciou recentemente ao Ministério Público em São Paulo, várias irregularidades que estariam ocorrendo no tratamento dos corpos pela única Funerária da Cidade.

O fato, entretanto, repercutiu no final de semana nas redes sociais e a representação, inclusive com fotos e vídeos, acabou vindo à tona em paginas de internet comandadas por pessoas ligadas ao “gabinete do ódio” local que atual ativamente nas últimas eleições. A primeira postagem, no entanto, foi do perfil de Gustavo Inácio, que teria sido funcionário da funerária.

A representação ao Ministério Público, que foi divulgada e não tem protocolo e nem a data em que foi escrita, mas tem a assinatura da deputada, diz que “chegou ao conhecimento do Gabinete dela, por meio de mensagem no aplicativo Whatsapp, denúncia com vasto material dando conta de diversas irregularidades e possíveis crimes ocorridos no interior da Funerária Organização Luto Olímpia, a única credenciada pelo Município de Olímpia a prestar os serviços funerários para os cidadãos residentes no referido Munícipio”.

“Segundo o documento, de acordo com o Denunciante, no local além de irregularidades procedimentais como o manuseio dos corpos, também há o cometimento de crimes, tais como ambientais, superfaturamento na compra de caixões, dentre outros”, continua.

— “O Denunciante narrou e demonstrou por meio de vídeos e fotos que nos foi enviado, que os corpos são colocados no chão e lavados no local, o sangue dos corpos correm então pela rede de esgoto”.

— “Encaminhou vídeos com procedimentos de tanatopraxia realizados no local e cópia de documentos”.

1) “Ausência de caixa específica abaixo da mesa de preparação dos corpos (tanatopraxia), com isso, os resíduos e sangues dos corpos também indo para o esgoto; Que em virtude da ausência da caixa específica, o proprietário deixa de respeitar lei estadual e municipal. Narrou que os resíduos deveriam ser preservados em uma caixa específica e retirados por empresa especializada, o que não ocorre no local”;

2) “Corpo sendo ‘lavado’ (tanopraxia), no chão do local, com a água escorrendo pelo esgoto, o que mais uma vez corrobora suas denúncias”.

— “O Denunciante também enviou diversas fotografias retiradas do local, as quais encaminhamos nesta oportunidade para Vossa Excelência para conhecimento e providências cabíveis”.

— “Por fim, enviou fotografia de licença sanitária constante no local, demonstrando que, mesmo diante de todas as irregularidades, ainda assim o estabelecimento possui Licença Sanitária com validade até 07/05/2022”.

— “Não se pode descurar também, que chama a atenção a “exclusividade” dos serviços imposto a uma só Agencia/Empresa que explora os serviços funerários em um Munícipio com estimativa de 45.777 habitantes, obrigando estes à contratação impedindo que busquem outras Empresas nos Munícipios próximos”.

— “A situação é gravíssima, estando em desacordo com os princípios da Constituição Federal, inclusive, no que diz respeito aos princípios que regem a Administração Pública, a Legislação afeta, englobando o Código de Defesa do consumidor, requerendo, a instauração do procedimento apuratório de estilo”.

— “Diante do exposto, considerando os fatos, documentos e vídeos, procedo a presente Representação, no sentido de que o Ilustre Promotor de Justiça, na condição de representante do Ministério Público, adote as providências cabíveis ao fato ora apresentado, com a abertura de Procedimento Investigatório”.

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