16 de setembro | 2007

Diretor do DAEMO liga falta de água à falta de chuvas

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Para o superintendente geral do Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO), Luiz Martim Junqueira, um dos motivos das interrupções de fornecimento de água é a longa estiagem que vem sendo registrada no município. Levantamento feito junto à casa da Agricultura mostra que não chove desde o dia 26 de julho próximo passado.

O outro motivo, segundo ele avalia, seria o consumo em excesso de parte de consumidores, o que faria com que os reservatórios ficassem alguns momentos sem água para dar continuidade ao fornecimento. A interrupção, segundo confirmou, tem ocorrido pontualmente em bairros da cidade, em determinados horários do dia.

"Está terrível. Já está faltando água em alguns pontos, em determinados horários do dia, então mais que nunca precisa todo mundo ‘botar’ (sic) a mão na consciência e não jogar água fora", afirmou durante entrevista a uma das emissoras de rádio da cidade.

No entanto, observou também que quando diz "não jogar a água fora", não está dizendo para não usar a água. As primeiras necessidades com o uso de água devem ser cumpridas, principalmente a parte higiênica.

O que Junqueira crítica até de maneira veemente é o fato de muita gente, considerando que em razão de pagar pelo consumo, tem direito a lavar as calçadas. "Isto é lamentável e plenamente adiável. Fica mal lavado e daqui a pouco está suja outra vez. Então é jogar água fora mesmo. Uma ignorância que tem que ser corrigida", fustigou.

Costumeiramente recebe denuncias de pessoas que permanecem por longos períodos lavando carros ou a calçada ou, como no caso de que numa determinada igreja no jardim São José estaria deixando torneira aberta correndo água praticamente o dia todo.

"Agora a tarde quero saber por que está acontecendo isso? Temos passados carros pela cidade com funcionários do DAEMO para verificar essa irregularidade. Esse mau uso de água", afirmou na quarta-feira, dia cinco.

Embora não tenha falado em possibilidades de racionamento, Junqueira prometeu iniciar uma campanha intensa com a finalidade de esclarecer a população para o que pode representar a falta de água, principalmente neste período do ano.

"Temos tido a sorte ano a ano das crises de falta de água não serem como em algumas cidades tem acontecido, cidades de porte grande como Rio Preto e Ribeirão Preto.

As crises de água nossas têm sido esporádicas e pontuais, mas poderão acontecer como acontecerão nestas cidades. Temos que nos precaver disso. É um cuidado que só traz benefícios a nós mesmos da cidade", observou.

No entanto, ainda assim descartas estabelecer multas para os ‘gastadores’ de água em excesso: "temos evitado ao máximo isto.

É uma atitude radical, ostensiva e temos preferido sempre a solicitação cordial e de certa forma, a parte educativa, Nós queremos evitar uma atitude desse tipo. Mas se for o caso, numa situação caótica não vai ter jeito".

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