14 de janeiro | 2007

Em janeiro já chove 45% mais que mesmo mês de 2006

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Mesmo sem contabilizar as chuvas que voltaram na noite de ontem por volta das 23 horas, o total registrado pela Casa de Agricultura de Olímpia, até no dia oito, segunda-feira desta semana, já representa cerca de 45% do que choveu em todo mês de janeiro de 2006, quando chegou a 615,7 milímetros, o segundo maior volume desde o ano de 1993, quando somou 643,4.

O volume de chuva registrado neste janeiro já tem um significado também importante, pois representa cerca de 69,5% da média histórica do período relativo aos últimos 14 anos.

No entanto, embora haja evidências para tanto, não se pode afirmar categoricamente que possa atingir os totais elevados registrados em seis destes 14 anos, e nem mesmo que chegue a atingir a média histórica do mesmo período.

A verdade é que os maiores volumes de chuva foram registrados logo no início do mês, mais precisamente dos dias um e dois de janeiro, quando choveu 82 milímetros e 87,5 milímetros, respectivamente. Do dia três até dia oito, quando foi registrada a última chuva antes desta noite passada, houve uma oscilação entre 2,5 milímetros, justamente no dia oito, e 32 milímetros no dia três.

 Na avaliação do encarregado da Casa Agricultura de Olímpia, agrônomo Manoel Travaine (foto), mesmo o volume intenso verificado no início de mês e restante do mês de dezembro passado, quando também choveu com bastante intensidade, não há riscos para a agricultura local.

"Porque não está em fase de preparo de solo e plantio. Somente no caso de laranja pode ser que atrapalhe se o proprietário for fazer uma pulverização ou adubação. O milho está em crescimento e essa chuva é até favorável.

Para a cana-de-açúcar que está em crescimento também é muito bom e ajuda também no caso de pastagens. Esse volume de chuvas nessa época do ano é normal e somente se tornará preocupante se daqui para frente for mal distribuído em determinados intervalos de tempo", avisou.

O município de Olímpia, segundo informou, tem em torno de 78,5 mil hectares, sendo 52% de área ocupada pelo plantio de cana-de-açúcar; seguido de 22% de laranja; 12% de pastagens; 5% de vegetação nativa; 3% de seringueiras; 2,5% de milho; 2,5% de outras culturas; e 1% de soja.

Porém, avisa que se trata apenas de uma estimativa e não um número real: "porque a atualização do que há, desde 2004 é feita anualmente, em torno de 20% da área total. Demoraria cerca de cinco anos para completar esse número, explicou".

Sem um levantamento completo feito anualmente, o agrônomo acha difícil encontrar uma situação real: "nunca saberemos qual é o número certo".

Por outro lado, informou que há um projeto da Casa de Agricultura para se fazer um levantamento completo em 2007. "O último levantamento feito em um ano foi em 1996, do projeto LUPA (Levantamento Cadastral das Unidades de Produção Agropecuárias)", finalizou.

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