27 de novembro | 2011

Em pleno sábado Santa Casa mais uma vez fica sem médico plantonista

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Mais uma vez a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, cidade que pretende ser Estância Turística, ficou sem médico plantonista em seu pronto-socorro, causando transtornos para aproximadamente 30 pessoas que ficaram esperando pelo atendimento provavelmente por um período de quatro horas, ao que se informa, entre 19 e 23 horas.

Outros acabaram sendo atendidos por médicos fora do plantão de urgência e emergência, mas tiveram que pagar mais de R$ 200,00.

O fato foi registrado pelo jornalista Willian Antônio Zanolli, que agora tem um blog na internet, em http://willianzanolli.blogspot.com/.

A polícia foi chamada mais de uma vez e novamente não compareceu, a exemplo da sexta-feira, 18, quando o hospital também ficou sem médico plantonista praticamente o dia todo.

Uma pessoa chamada Iranice, que estava desde as 19 horas aguardando para que sua mãe, de 84 anos e com a pressão e o diabetes altos, fosse atendida, contou que por volta de 21 horas uma moça falou que estava vindo um médico de Rio Preto.

Ana Maria, que chegou por volta de 21 horas estava aguardando e por volta de 22 horas nem sabia que não tinha médicos. Estava com muita dor nas pernas. No entanto, ela contou que no dia anterior, na sexta-feira, 25, já estava com dores, mas como tinha muita gente no pronto-socorro e a demora estava sendo grande demais, acabou voltando para sua casa, retornando no sábado, 26, como disse, “tentando a sorte, aguardando até que chegasse um médico. A situação está um descaso”.

O jornalista Willian Zanolli conversou com a atendente que estava no plantão e solicitou que entrasse em contato com o provedor Mario Montini, para que este fosse até o hospital ou ligasse para que fossem ouvidas as suas explicações. No entanto, este, além de não estar no hospital, não deu satisfação ao jornalista até o final da tarde de domingo, mesmo este tendo deixado o número de seu celular na portaria.

Leandro, que estava aguardando o atendimento de sua mãe, procurou o jornalista para dizer que acha que a Santa Casa está muito mal organizada.


Várias pessoas que não quiseram ser identificadas, com medo de retaliação, também confirmaram ao jornalista que estavam esperando pelo atendimento, confirmando que possivelmente, um plantonista teria deixado o hospital por volta de 19 horas, mesmo não tendo chegado outro para substituí-lo, o que, pelos depoimentos, só teria acontecido entre 22h30 e 23 horas.


Uma delas, por exemplo, acabou optando pelo modo antigo, ou seja, como não tinha médico e atendimento, acabou levando o seu neto para ser medicado em uma farmácia e, depois voltou para ver se conseguia ser atendida.


Outra afirmou que não aguentou o sofrimento do netinho e pagou para que um pediatra atendesse a criança, pois existia um médico pediatra no hospital, mas que não quis atender pela emergência. Segundo a avó, outros responsáveis por crianças também teriam pago a consulta e teriam sido atendidas.


Um outro entrevistado estava estarrecido com a situação. “Eu tenho 50 anos e nunca tinha visto isso. Não ter médico na Santa Casa”.


Outra disse que todo mundo ligou para a polícia e esta não compareceu, a exemplo da sexta-feira, 18, quando o hospital ficou sem médico, provavelmente durante todo o dia.


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