Embora tenha participado do processo e perdido por ter apresentado um valor maior, a empresa BEMA Empreendimentos e Construção, de Piracicaba, que se recusou a assumir a obra da Estação de Tratamento de Água (ETA), do Jardim Luiza, zona leste de O­lím­pia, alegou que o valor licitado para a obra mal dá para pagar os custos da mão de obra.

Pelo menos isso é o que dá para entender de ofício assinado pelo engenheiro Onei Torquato Fer­reira, encaminhado à Prefeitura Municipal de Olímpia, que foi publicado na edição do sábado, dia 7, na Imprensa Oficial do Município (IOM).

“Analisando os projetos executivos editalícios, confrontando os memoriais descritivos e quanti­fi­cando os serviços/fornecimentos, percebemos que os preços unitários constados na planilha orçamentária editalícia, já na ocasião da licitação – agosto de 2012 – en­contram-se bem aos justos em relação aos custos Raí dos in­sumos básicos agregados à necessária mão de obra especializada manu­fatu­reira”, diz um dos trechos do ofício.

A empresa afirma que a mão de obra especializada “nossa principal  matéria prima, traduz proporção preponderante no custo dos serviços/fornecimentos desta específica concorrência número 004/2012, ainda mais considerando os serviços finalizantes”, consta em outro trecho

A desistência da empresa foi di­vulgada no início da tar­de desta sexta-feira, dia 6, pe­lo prefeito Eugênio José Zu­li­ani, durante u­ma entrevista que foi levada ao ar por uma emissora de rádio local.
Curiosamente, de acordo com o prefeito, a BEMA foi a segunda colocada no processo de licitação no qual saiu vencedora a S­ca­mat­ti & Seller, de Votuporanga. Na oportunidade ele informou ainda que a empresa enviou um ofício à Prefeitura Municipal de Olímpia agradecendo o convite e abrindo mão do direito de assumir a obra.