02 de junho | 2020

Enterro de empresário Joseph Rossi seguiu as normas do município e do Ministério da Saúde

Compartilhe:


A prefeitura de Olímpia, em comunicado conjunto com o diretor geral da Organização Social de Luto, Miguel Angelo Daud, garantiu que o enterro da terceira vítima do Covid-19 em Olímpia, o empresário e proprietário da Rossi Imobiliária, Joseph Humberto Catelani Rossi, de 61 anos, ocorrido no final de manhã da terça-feira, aconteceu dentro das normas vigentes no município e os protocolos exigidos pelo Ministério da Saúde.

A nota à imprensa se deu em razão de polêmica criada logo no início da manhã, anunciando que, diferentemente das outras duas vítimas fatais do novo coronavírus, a prefeitura iria autorizar o velório do empresário e não o seu enterro sem o último adeus de amigos e parentes como ocorreu nos casos anteriores.

Por volta de 10 horas, portanto quase uma hora antes do enterro, que aconteceu por volta de 11 horas, a prefeitura soltou o primeiro comunicado desmentindo que haveria um velório.

“A Prefeitura de Olímpia vem a público esclarecer que NÃO PROCEDE a informação de que haverá velório do empresário olimpiense, de 61 anos, que estava internado na UTI do HB de Rio Preto, confirmado para Covid-19, e faleceu no fim da noite dessa segunda-feira, dia 1º”, esclareceu.

CONFUSÃO ENTRE VELÓRIO E ENTERRO

E continuou: “Assim como a conduta adotada nos óbitos anteriores do município, confirmados ou suspeitos, o preparo do corpo seguirá todos os procedimentos preconizados pelo Ministério da Saúde e não será velado, uma vez que a Organização Social de Luto, responsável pelos serviços funerários na cidade, tem adotado os cuidados necessários para a proteção da família, inclusive com a urna lacrada e o sepultamento direto”.

E concluiu: “Mais uma vez, a Prefeitura de Olímpia lamenta as informações distorcidas que vêm sendo divulgadas, ainda mais em um momento tão delicado e de profunda tristeza, e reforça que continua primando pela transparência, estando à disposição para quaisquer esclarecimentos”.

Após o sepultamento ocorrido por volta de 11 horas, postagens de vídeos do enterro mostrando mais de uma dezena de pessoas começaram a surgir na internet, confundindo velório com enterro e alegando que a família do empresário teria tido mais privilégios que a população mais pobre.

PESSOAS QUE ESTAVAM DENTRO DO CEMITÉRIO QUISERAM ACOMPANHAR O SEPULTAMENTO

A prefeitura, então, em conjunto com o diretor geral da funerária garantiu que não houve velório e que foi limitado o número de familiares que participaram do enterro no cemitério São José.

Acontece que, com a mudança determinada pelo novo decreto de flexibilização publicado na última sexta-feira, o número de pessoas permitidas dentro do cemitério passou a ser de 300 pessoas. No local, no momento do enterro, várias pessoas que estavam presentes na hora resolveram assistir o sepultamento.

No entanto, o responsável pela administração do cemitério destacou que além dos aproximadamente 15 familiares que participaram diretamente do funeral, um número equivalente acabou assistindo o enterro.

Miguel garantiu, no entanto, que os funcionários do cemitério São José, organizaram a movimentação das pessoas para que houvesse o distanciamento, para não colocar em risco as pessoas presentes no local naquele momento.

O COMUNICADO CONJUNTO DA PREFEITURA E DA FUNERÁRIA

O comunicado emitido por volta das 13h30 da terça-feira afirmava o seguinte:

– A Prefeitura de Olímpia e a Organização Social de Luto, responsável pelos serviços funerários da cidade, esclarecem que o sepultamento de um empresário de 61 anos, confirmado com Covid-19, ocorrido na manhã de terça-feira, 02, atendeu às medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde e à regulamentação prevista pelo novo decreto municipal 7.793/20, que entrou em vigência nesta segunda (01).

– De acordo com a nova legislação, a circulação simultânea dentro do cemitério passou a ser de 300 pessoas, desde que respeitando o distanciamento e os cuidados necessários. Com a mudança, o serviço funerário precisou adequar também o procedimento para sepultamento, sendo que a conduta de preparo, no caso de óbitos suspeitos e confirmados, manteve a vedação do corpo e lacração da urna, além da não realização do velório, com a permissão apenas para o acompanhamento dos familiares durante o enterro, desde que em quantidade limitada.

– Segundo a Organização Social de Luto, o cemitério local conta com 8 funcionários que fazem triagem na entrada, com a disponibilização de álcool em gel e a exigência de máscara. Ainda de acordo com a concessionária do serviço, os funcionários permaneceram fazendo o controle de pessoas durante o sepultamento para garantir o distanciamento entre os presentes e adotando todas as medidas necessárias.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas