01 de dezembro | 2014

Falta de ressonância magnética e demora na UPA reaparecem no Mapa do Calvário

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A falta da realização de um exame ressonância magnética e a demora no atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que são situações já consideradas corriqueiras no sistema público de saúde de Olímpia, reapareceram no Mapa do Calvário, maneira como ficou conhecida a Caixa Preta da Saúde, sistema implantado na internet pela Associação Médica Brasileira (AMB), em abril deste ano.

No caso da falta da ressonância magnética, por exemplo, a mais recente denúncia foi registrada no dia 13 de novembro contra a Secretaria Municipal da Saúde por Fátima Nunes dos Santos Muniz. Segundo ela, o exame é aguardado há mais de um ano.

“Aguardando um exame de ressonância magnética da cabeça a mais de um ano por suspeita de um pequeno AVC que causou surdez súbita, perda considerável da visão entre outros problemas, procurei o serviço de saúde para saber quando vai liberar o exame e a resposta foi assim: ESTA­MOS MARCANDO AS DE 2012… tem que esperar…”, reclamou ao site, significando que a fila pelo exame quase chega a dois anos de atraso.

Já a demora no atendimento na UPA foi postada na mesma da data por Franciele P. dos A. da Costa: “Médicos e enfermeiros conversando e deixando os pacientes esperando para serem atendidos e para tomar as medicações, isso acontece com frequência”.

BEBÊ COM 39 GRAUS DE FEBRE

Trata-se de uma reclamação idêntica à que foi registrada por esta Folha no início deste mês, quando uma família que estava com um bebê com quase 39 graus de febre teve de esperar por aproximadamente duas horas para ser atendida por uma médica da UPA, enquanto a mesma estaria conversando com um colaborador do SA­MU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que, inclusive desrespeitou a fila de chegada e foi recepcionado na frente dos demais pacientes, segundo consta numa reclamação feita por Paulo RC Monforte no dia 28 de outubro.

COMO RECLAMAR

Para registrar a queixa, a pessoa deve acessar o site w­ww.caixa­pretadasa­ude.org­.br e cli­car em um ícone amarelo que apa­rece no canto superior esquerdo da tela. Nesse local, deve indicar o Estado e a cidade. Depois, em outra caixa que se abre, o interessado po­de digitar sua reclamação e, se houver, também ler outras queixas.

“A expectativa é que o próprio gestor tome providências para resolver o problema da cidade, uma vez que a informação está pública. Faremos um balanço mensal das denúncias e casos sem solução ou que se avolu­mam, enviaremos às promotorias de saúde e a outros membros do Ministério Público”, afirma a AMB.

Mas antes de ser publi­ca­da no site, as reclamações são avaliadas por uma equipe da “Caixa-Preta”. “Ao receber a denúncia na plataforma on­li­ne a equipe responsável pela checa­gem da veracidade entra em contato com médicos da região, profissionais da saúde, ou solicita mais dados e informações para o próprio denunciante. É importante que o denunciante envie fotos ou pequenos ví­de­os, pois isto dá credibi­lidade à informação”, explica a assessoria da associação.

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