11 de agosto | 2019

Família decide doar os órgãos da jovem morta em acidente no trevo

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Por decisão da família, os órgãos da jovem Júlia Gottardo Lopes (foto), de 24 a­nos, que teve morte ce­rebral depois de ter sido vítima de um acidente pró­ximo do trevo da rodovia Ar­mando de Salles Oliveira (saída para Severí­nia), foram doados. Em razão do procedimento, o sepultamento somente acontecerá neste sábado (dia 10) no cemitério de Olímpia em horário ainda a ser definido pela família.

De acordo com informações, o corpo da jovem Jú­lia estava na Santa Casa de Misericórdia de Barre­tos, para onde foi transferido logo após o acidente na madrugada de quarta-feira, dia 7. Os órgãos seriam retirados por uma e­quipe de médicos de Ribeirão Preto e transplantados em pacientes compatíveis.

Júlia Lopes sofreu trau­matismo craniano quando estava como passageira do veículo Citroen/C3, 2016, preto, conduzido por Sui­a­ne Baldan, de 21 anos. Ainda esta­va no carro Alan Ricardo Ga­lete Pa­don, de 28 anos e Tiago Aragão Celeste, de 20 a­nos.

Por motivos ainda a ser apurados, a condutora perdeu o controle do veículo e capotou. Júlia ficou gravemente feriada e foi socorrida pelo resgate do corpo de bombeiros, tendo sido transferida para a Santa Casa de Barretos.

De acordo com nota di­vulgada pela assessoria de imprensa da UPA de Olím­pia, Tiago estava em o­b­ser­vação e realizaria to­mo­grafia. Já Alan deu entrada na unidade de saúde com fratura no fêmur, foi estabilizado e encaminhado para o pronto atendimento de um convênio médico. Já a condutora Suyane, aparentemente com feri­mentos leves, também foi encaminhada para o mesmo pronto atendimento de onde foi liberada.

Segundo informações posteriores, Alan teria si­do removido para hospital de São José do Rio Preto pela gravidade dos problemas, mas na sexta-feira já não corria risco de morte. Tiago, por sua vez, estaria internado na Santa Casa de Barretos com problemas na coluna.

A notícia repercutiu intensamente na cidade, mas como não foi registrado nenhum boletim de o­corrência na delegacia de polícia local as informações acabaram sendo de­sencontradas, inclusive sobre o falecimento de Julia e o seu enterro.

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

A doação de órgãos é um ato de caridade e amor ao próximo. A cada ano, muitas vidas são salvas por esse gesto altruísta.

O transplante é um procedimento cirúrgico (regulado pela Lei nº 9.434/1997 e Lei nº 10.211/2001) no qual um órgão ou tecido doente é substituído por outro saudável. Para isso, é preciso que haja doadores – vivos ou mortos. Qualquer pessoa pode ser doadora, exceto portadores de doenças infecciosas ativas ou de câncer.

Um único doador pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de mais de vinte pessoas.

A morte cerebral, ou en­cefálica, é a parada ir­rever­sível da função do encé­fa­lo (cérebro e tronco cerebral). Ela ocorre quando o cérebro deixa de receber fluxo sanguíneo e não executa mais suas funções vitais. A constatação da mor­te encefálica é feita por pelo menos dois médicos, um deles neurologista, a partir de exames clínicos realizados em intervalo de diversas horas. A morte cerebral é diferente da morte cardíaca: a primeira permite a doação de órgãos e tecidos; a segunda, só a doação de tecidos. Já o paciente em coma não é doador, pois seu quadro pode ser revertido.

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