28 de julho | 2019

Festival do Folclore completa 20 anos sem o professor Sant’anna

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Não só a Estância Turística de Olímpia, denominada Capital do Folclore, mas também o próprio fes­tival que foi idealizado e criado por ele, completam 20 anos sem a presença do professor José Sant’­anna. O folclorólogo faleceu no início da manhã do dia oito de janeiro de 1999, deixando uma lacuna muito grande na organização cultural e nas pesquisas sobre o tema.

Embora para muitos que não tiveram oportunidade de manter um relacionamento mais estreito, a imagem pudesse parecer contrária a esta definição, a verdade é que a simplicidade de hábitos e costumes, juntamente com sua religiosidade extrema, e­ram a marca principal da personalidade de José Sant’­anna.

Mesmo tendo nascido em Olímpia a 8 de julho de 1937, filho de João Joaquim de Santana e de Hipólita da Silveira Santa­na, fez o curso primário no Distrito de Ribeiro dos San­tos, vindo, somente mais tarde, ocupar no curso secundário as carteiras do Colégio Olímpia.

Isto, somente quando já estava com 17 anos, por seu pai ser muito ‘bravo’, por interferência direta da avó materna, Maria Cândida de Jesus, falecida em 12 de outubro de 1959, aos 99 anos, de quem o professor muito gostava. Até então, Sant’anna morava com sua família no Distrito de Ribeiro dos Santos.

PROFESSOR RIGOROSO

Era um professor às vezes nervoso, mas este nervosismo nunca modelava o seu íntimo, tendo se revelado bom, rigoroso, otimista, entusiasmado, compreendedor dos problemas e, principalmente, um grande incentivador de seus alunos.

Exemplar professor, tu­do o que idealizava e concretizava na escola era por amor ao magistério sem se deixar influenciar por outras ambições. Para tanto, chegava a fazer estripulias dentro das salas de aulas, mas sempre exigindo o máximo de seus alunos.

Gostava muito de música sacra, mas apreciava também as valsas vie­nen­­ses e as canções na­po­lita­nas. Das músicas brasileiras sempre preferiu as folclóricas, fato que o levou a idealizar e desenvolver o projeto de seus sonhos que culminou na realização dos Festivais do Folclore de Olímpia e na fundação do Museu de História e Folclore “Maria Olím­pia”.

Aos amigos mais próximos demonstrava a simplicidade, por exemplo, no fato de possuir uma bela caneta da marca Crown, porém, nunca dispensava uma simples caneta da marca Bic, de preferência de tinta vermelha, que sempre carregava no bolso da camisa.

Por outro lado, segundo biografia autorizada pelo seu irmão, Clarismundo Sant’anna, outra marca de sua simplicidade: não dispensava nunca um balcão de uma boa pastelaria e, embora não gostasse de leite, era sempre muito receptivo a quaisquer de seus derivados.

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