08 de setembro | 2019

Formanda disse que procurou o Ministério Público local mas ainda não teve resposta

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A formanda Dazira Be­ne­­vi­des de Souza (foto) que também acreditou na promessa da Uniesp Paga e cursou Direito de 2013 a 2017 e agora está com dívida no Fies, disse essa semana que procurou a Promotoria Publica local e colocou a situação, mas até agora ainda não recebeu uma resposta sobre o assunto.

Dazira contou inicialmente que a propaganda que a Faculdade pagaria a Fiesp para o aluno foi distribuída e teve recep­ti­­vi­da­de em Olímpia, po­is muita gente não tinha condições de fazer os cur­sos que ela o­ferecia se não fosse dessa forma. “De repente, vem a Fa­cul­­dade UNIESP e diz nós pagamos a faculdade para você, nós somos seu fiador” e nós acreditamos”.

A formanda explica que recebeu um contrato onde havia uma cláusula onde a responsabilidade da faculdade era que nessa data que o Banco do Brasil iria iniciar a cobrança, a faculdade deveria pagar. “Mas o que aconteceu foi que no mês de junho houve um comunicado através de e-mail onde a faculdade nos pediu documento do Banco do Brasil para que nós entregássemos aqui em O­límpia. Tudo que a faculdade nos pediu, nós cumprimos, o nosso dever foi cum­prido, mas ela realmente nem nos deu satisfação nem dos papéis, nem do contrato e nem dos papéis que nós entregamos a ela”, adiantou.

E­la diz que cumpriu tu­do o que a faculdade pediu. “Fui aprovada em todas as matérias. Ninguém dá um certificado para vo­cê assinado como aprovado se você não cumpriu tudo o que eles te pediam. Então, realmente o que es­sa faculdade também não esperava era que após essa situação acontecer em O­límpia e uma quantidade de advogados que passaram na OAB, até mesmo antes de terminar o curso. Se eles estavam querendo ganhar dinheiro, eles foram surpreendidos com pessoas que sonhavam em fazer esse curso e conquistar seu espaço”.

Até o último instante Da­­zira acreditava que iria dar tudo certo, mas tudo foi por água abaixo quando recebeu aviso que a cobrança já estava iniciando na sua conta. “Então eu tomei as providências cabíveis como uma pessoa que se sentiu lesada. Eu procurei o Ministério Público e passei toda a situação pa­ra o Ministério Público resolver e até o momento nós não recebemos nada nem da faculdade, nenhuma resposta, mas o que mais me surpreendeu foi essa notícia que os próprios proprietários estavam sendo presos e por motivo também com o FIES. A gente sentiu que talvez a justiça no Brasil pode ser cumprida em relação a u­ma comunidade inteira que está sofrendo com golpes de uma faculdade que fez a gente sonhar, porque o que aconteceu aqui em Olímpia foi realizações de sonhos e o mais interessante que dentro da sala de aula tinha pessoas de todo nível, toda idade, todas profissões, tinha mulher que fazia faxina du­ran­te o dia mas acreditou que podia à noite fazer um curso superior. A justiça tem que tomar uma atitude, tem que tomar providência, não pode deixar ninguém fazer um abuso desse com pessoas simples que tem vontade de aprender. Vou prestar OAB e creio que vai depender de mim chegar onde eu quero, mas não vai ser es­sa decepção que vai me fazer parar.

Ela também cita o fato de a mensalidade ser mais do que o dobro do que era cobrado na própria faculdade e em outras da região. “Eu tenho um monte de documentos que já foram entregues no Ministério Público”.

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