18 de maio | 2014

Fumaça gerada por queimada de mato causa problemas respiratórios

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Da redação com site Queimadas Urbanas

De acordo com o Centro para Controle de Doenças (CDC) a fumaça produzida pela queimada urbana produz substâncias químicas que penetram no solo e nas plantas, expondo as pessoas ao risco de adoecerem pela inalação, causando problemas que atinge o aparelho respiratório.

Mas os prejuízos à saúde pode se dar também pela ingestão de alimentos contaminados com: ma­te­rial particulado (pó da queimada urbana), monóxido de carbono, ácido clorídrico, ácido cianí­drico, benzeno (causador de pedra nos rins), estireno, formaldeído, arsênio, benzopireno, dioxina, fu­rano, hidrocarbonetos policíclicos e metais pesados.

Na pesquisa realizada pelo CD­C, um dos fatores que faz a pessoa que inalar ficar doente é quantidade de fumaça. A queima de 1 quilo de folhas, ou galhos, ou lixo, durante 10 minutos a uma temperatura de 200 a 400 graus Célsius é suficiente para desencadear sintomas respiratórios, e de pele, em adultos distantes a até 500 metros do foco da queimada.

Mas os problemas podem ocorrer também na ingestão de alimentos contaminados pela fumaça, nesse caso predominando doenças no fígado e nos rins.

Além destes fatores os sintomas variam de intensidade nos adultos e nos idosos porque alguns são mais sensíveis que outros. Crianças são mais susceptíveis aos efeitos das queimadas urbanas (desenvolvimento imaturo do organismo quando com­­parado ao de um a­dulto).

POLUIÇÃO GRANDE

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as queimadas poluem mais que carros e fábricas nas cidades. Isto ocorre porque a combustão em automóveis e fábricas é feita de forma criteriosa com tecnologia de ponta, além do uso de catalizadores e filtros.

Bem diferente do que ocorre na rua, no lote, ou no quintal, onde a queimada acontece sem qualquer controle ou critério que minimize os efeitos no meio ambiente e na sua saúde.

Conforme a Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA), a Organização Mundial de Saúde (WHO) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) a queimada urbana é realizada perto do meio fio na calçada, ou no fundo do quintal no chão, onde qualquer pessoa pode facilmente entrar em contato com a fumaça.

Os sintomas da queimada urbana são: dor de cabeça; náuseas; tonturas; mal estar geral (baixar a pressão arterial); ardor e vermelhidão nos olhos (como se fosse uma conjuntivite); obstrução e coriza nasal (bebê “gripadinho”, “fungando”, criança que “gripa muito fácil”); tosse, espirros e pigarro na garganta (sensação de que a garganta está “seca” ou “arranhando”); e chiado, roncos no peito (“peito carregado”), asma (“bronquite”).

RUGAS E CALVICE

A repetida exposição provoca: rugas precoces, queda de cabelo, sudorese (transpira muito, “mais do que o normal”); manchas bran­cas e ásperas na pele (como se a pele estivesse arrepiada), der­matites (“brotoejas” no pescoço, nos cotovelos e nos joelhos), ceto­núria (“urina doce”, junta um monte de formigas no lugar onde cai o xixi).

Ainda pela inalação de esti­re­nos, furanos, ou hidro­car­bonetos policíclicos ocorrem dor e pedra nos rins (no caso da fumaça conter benzeno ou tolueno, substâncias produzidas pela queima de folhas e galhos verdes, lixo plástico, madeira envernizada, ou lenha não processada), pólipos nasais (chamados de “carne no nariz” ou de “carne esponjosa”), aumento do tamanho das adenoides e câncer.

O tipo de câncer vai depender do material queimado: se for orgânico (folhas, galhos, restos de papel, comida, papel higiênico) é maior o risco de câncer nos pulmões, se for material inorgânico (plástico, vinil, verniz, corante, em­balagens sintéticas) é maior o risco de aplasia de medula óssea (morte irreversível de todas as células formadoras de sangue – doença mais perigosa que o câncer), leucemias, câncer na bexiga, câncer no fígado.

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