07 de abril | 2019

Furto de energia cresceu 148% em Olímpia em 2018

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As fraudes e os furtos de energia elétrica – os chamados gatos para ludibriar a cobrança do fornecimento – teve um crescimento de 148% em 2018, quando comparado com as fiscalizações realizadas pela empresa no ano anterior. Esse resultado supera e muito os dados do estudo feito pela CPFL Paulis­ta, que foram estimados em 44% em toda a região noroeste. Em 2018, a distribuidora identificou 102 irregularidades na Estância Turística de Olímpia, contra 41 no ano anterior.

No ano passado, a empresa intensificou a fiscalização contra fraudes e furtos de energia em cidades da região. Na comparação entre 2018 e o ano de 2017, a concessionária registrou um crescimento de 44% no número de irregularidades identificadas, passando de 3.483 para 5.019 casos.

No caso de Olímpia, em 2018 foram realizadas 564 inspeções, cerca de 96% a mais que em 2017, identificaram 102 irregularidades, contra 41 casos do ano anterior. Segundo a CPFL no período, foram recuperados 245 MWh contra 98 MWh de 2017. O valor apurado em 2018, também segundo a empresa, daria para atender 136 residências com quatro moradores, contra 55 casas no ano de 2017.

No ano de 2018, considerando as cidades de São José do Rio Preto, Araçatuba, Barretos, Lins, Penápolis, Monte Azul Paulista, Olímpia, Mirassol, Glicério e Bady Bassitt, a CPFL Paulista conseguiu recuperar um volume de 12.046 MWh de energia furtada. Isso seria suficiente para abastecer 6.693 famílias de quatro pessoas pelo período de um ano, o que equivale ao consumo de uma cidade do porte de Charqueada, Elias Fausto ou Itatinga.

Nos últimos anos, a CPFL Paulista tem intensificado a fiscalização contra fraudes e furtos de energia em todos os municípios atendidos ela distribuidora. Em 2018, a distribuidora realizou 266,1 mil inspeções, aumento 42,4% na comparação com as 186,8 mil inspeções executadas em 2017. Atualmente, a taxa de sucesso é de 21,3%, ou seja, para cada cinco fiscalizações realizadas, as equipes encontram uma fraude. Isso significa que, em 2018, a distribuidora encontrou 56.893 casos de fraudes e furtos, recuperando 136.534 MWh de energia (suficiente para abastecer 75,8 mil famílias por um ano, equivalente à cidade de Santa Bárbara d’Oeste).

FURTO DE ENERGIA É CRIME

As fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Além disso, para os fraudadores também são cobrados os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o roubo, acrescidos de multa.

Além de crime, as irregularidades contribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) reconhece nas chamadas “perdas comerciais”, como são denominados os furtos e as fraudes no jargão do setor elétrico, uma parcela do prejuízo da distribuidora com o valor da energia furtada e dos custos para identificar e coibir as irregularidades.

Consumidores que adotam esta prática, popularmente conhecida como “gato”, também estão colocando em risco as suas vidas e da população. Pessoas não habilitadas que tentam manipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede elétrica correm o risco de choque e acidentes graves, que podem ser fatais.

 

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