03 de julho | 2011

Grupo de Geninho eleva dívida da Santa Casa de R$ 600 mil para R$ 2,6 milhões

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Em pouco mais de um ano à frente da administração da Santa Casa de Olímpia, o grupo liderado pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, já acumula uma dívida de mais de dois milhões e meio de reais, além da suspeita de várias mortes que podem ter ocorrido por causa da má gestão do hospital.


O total de aproximadamente R$ 2,654 milhões, tido como obrigações a pagar, foi divulgado pela nova diretoria no final da tarde da quarta-feira desta semana, dia 29, durante entrevista coletiva realizada na sede social da Associação Comercial e Industrial de Olímpia (ACIO).


Nesse total, segundo foi demonstrado pelo vice-provedor, Vivaldo Mendes Vieira, que é o diretor presidente da Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), empresa vinculada ao município, constam valores devidos a médicos e laboratórios, fornecedores, empréstimos bancários, obrigações trabalhistas e tributárias, inclusive as que tiveram parte dos valores renegociados.


Aos médicos, por exemplo, é devido o total de R$ 442 mil. Aos fornecedores, a instituição deve R$ 527 mil, sendo que R$ 312 mil estão atrasados.


Há também dividas com obrigações trabalhistas no total de R$ 440 mil, referente a acordos formalizados com o sindicato nos anos de 2005 e 2006, e dívidas tributárias que somam R$ 163 mil.

Já em relação a empréstimos bancários o total é de R$ 1,032 milhão.

“Existe um prejuízo muito grande que a região dá ao nosso sistema de saúde e isso tem que ser trabalhado. Estamos fazendo reunião regional. Estamos fazendo esse trabalho mais diretamente. Então o empenho do poder público para o hospital é muito importante”, comentou o provedor Mário Francisco Montini.


Porém, ele acredita que seja possível e pretende administrar a dívida, negociando com credores, sejam fornecedores, sejam dívidas trabalhistas, inclusive de empréstimos bancários realizados, que, inclusive, em seu entendimento, foram feitos ilegalmente porque não houve discussão com a diretoria.


RECEITAS EM 2011

Em contrapartida, no período de janeiro a maio deste ano, entraram R$ 3,670 milhões no caixa da instituição, ou seja a média de R$ 734 mil. As fontes de arrecadação foram: SUS, 37,6% do total da receita; Unimed (23,6%); Secretaria de Saúde (pagamento por serviços prestados), 8,5%; internações particulares (6,6%); convênios planos de saúde diversos (6,4%); doações (0,7%); prefeituras da região (0,4%); e subvenção da prefeitura de Olímpia (12), que devem ser somados a uma antecipação da mesma no total de R$ 319 mil.

Outra informação divulgada foi o montante dos pagamentos efetuados nos primeiros cinco meses de 2011: médicos e laboratórios, R$ 1,259 milhão; despesas com pessoal, R$ 1,346 milhão; despesas gerais, R$ 833 mil; empréstimos, R$ 73 mil; e obrigações tributárias, R$ 163 mil.


Também segundo o que foi divulgado na quarta-feira desta semana, o hospital funciona com 189 funcionários que geram uma folha de pagamento bruta no total de R$ 222 mil. Porém, se analisar apenas o que os funcionários recebem, o total baixa para R$ 180 ml.


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