24 de novembro | 2011
Irmãos condenados a quase 19 anos por morte de almoxarife em novembro de 2010
Num julgamento que durou quase 16 horas, os irmãos, o mototaxista Alessandro Luís Souza Conceição, vulgo Nego, de 24 anos de idade, e o açougueiro Leandro Souza Conceição, de 27 anos, foram condenados a 18 anos e 9 meses de prisão, inicialmente em regime fechado.
Os dois são acusados de terem assassinado o almoxarife João Carlos Fedato, então com 52 anos, que residia na Rua Antônio Benfati, número 305, no Jardim Paulista, zona leste de Olímpia.
O crime foi praticado no início da noite do dia 24 de novembro de 2010. O almoxarife foi assassinado com 21 golpes de faca e um tiro de revólver, na frente da casa do mototaxista, no Jardim Luiz Zucca, conhecido por COHAB II.
Consta que no dia do crime, Fedato teria procurado Nego para que ele assumisse a paternidade de um filho que estava sendo gerado pela filha e teria chegado a ameaçar Nego de morte.
O julgamento que começou na manhã da quarta-feira desta semana, dia 23, às nove horas no fórum de Olímpia, foi concluído apenas no início da madrugada do dia seguinte, por volta dos 40 minutos, com a pronúncia da sentença.
Em razão de o juiz Hélio Benedine Ravagnani ter negado aos réus que recorram em liberdade, os dois saíram algemados do fórum para a Delegacia de Polícia de Olímpia, de onde foram transferidos e encarcerados na cadeia pública de Barretos.
No julgamento, os jurados reconheceram as três qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público: motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A defesa alegou legitima defesa, tese que não foi aceita pelo júri.
Os dois foram condenados no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I, III e IV, combinados com o artigo 29, todos do Código Penal. A pena calculada para cada réu com as qualificadoras totalizou 18 anos e 9 meses em regime inicialmente fechado. Por se tratar de crime hediondo, foi negado o direito dos réus de recorrer em liberdade.
EVENTUAL AMEÇA A FAMILIARES DA VITIMA
Em seguida ao julgamento, familiares do almoxarife João Carlos Fedato, compareceram à Delegacia de Polícia de Olímpia, com a finalidade de registrar um boletim de ocorrência contra familiares dos condenados, que teriam feito ameaças quando deixaram as dependências do fórum.
Segundo a polícia, no boletim de ocorrência registrado durante a madrugada, por volta de 1h15, aparecem como supostas vítimas: o motorista Anderson Aparecido Stellari, 30 anos de idade, morador na COHAB III; a manicure Regislene Aparecida de Souza, 29 anos, moradora na COHAB II; Cristiane Aparecida Stellari, 32 anos, moradora na COHAB III; Márcia Aparecida Fedato Stellari, 51 anos, moradora na COHAB III; a bancária Tayla Juliana Fedato Sobrinho, moradora no centro; Evanil Aparecida Alizon Fedato, moradora no centro; e Tiago Carlos Fedato, 29 anos, morador no Jardim Paulista.
De acordo com o que consta na polícia, logos após o encerramento do julgamento, do lado externo do fórum, já na escadaria, três irmãos dos réus se aproximaram de uma das vítimas e um deles teria afirmado que mataria todos da família.
Consta ainda que um dos possíveis autores das ameaças identificado pelo pré-nome Adriano teria perguntado a uma das pessoas ameaçadas, que inclusive foi testemunha de acusação, se esta estaria satisfeita com o resultado e em seguida parabenizado a mulher, mas em tom ameaçador. A Polícia Militar foi acionada, mas não conseguiu localizar os acusados.
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