16 de março | 2018

Justiça local dá liberdade para “Nim Peão”, o último envolvido no tiroteio da Senador

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O juiz da Vara Criminal de Olímpia, Eduardo Luiz de Abreu Costa, colocou em liberdade provisória no último dia 13, terça-feira, o último envolvido no tiroteio que aconteceu na Rua Senador Virgílio Rodrigues Alves, em julho de 2017, quando dois ex-policiais vieram receber uma dívida do corretor de imóveis Euripedes Augusto de Melo: Emerson Aliceu Teixeira, o “Nim Peão” (foto).

Em decisão proferida na sexta-feira, dia 9, concedeu a liberdade provisória de Emerson, mas condicionou a soltura a uma série de medidas cautelares, entre elas, a hipoteca de um imóvel para garantir a participação do acusado no processo ou que não irá fugir, dando direito ao juízo, em caso contrário, a proceder o leilão ficar com 50% do dinheiro arrecadado.

O pedido de liberdade provisória foi formulado ao término da audiência de instrução. O Ministério Público se manifestou discordando. E o juiz entendeu que embora considere que alguns dos requisitos da prisão preventiva ainda permaneçam após a fase de instrução, não existiria mais razão para manter a prisão do acusado, pois teria deixado de existir o perigo de ficar em liberdade, principalmente com o estabelecimento das medidas cautelares, dentre elas, a penhora de um imóvel.

Aliceu Teixeira conseguiu apresentar a documentação necessária de imóvel na segunda-feira, dia 12 e na terça-feira, dia 13, foi então colocado em liberdade.

CINCO MESES DEPOIS

“Nim Peão” foi o último a ser preso, o que aconteceu apenas em razão de ter sofrido um acidente de carro. O fato aconteceu cinco meses depois do “tiroteio” na Rua Senador Virgílio Rodrigues Alves, que culminou com a morte do ex-policial militar Leandro Ribas da Silva, de 40 anos.

Emerson Aliceu Pereira, de 39 anos, vulgo “Nim Peão”, ficou encarcerado cerca de três meses. Os outros cinco envolvidos foram beneficiados com liberdade provisória ainda em 2017, também condicionada a hipoteca de fiança de imóvel.

O tiroteio aconteceu na manhã de 11 de julho, na Rua Senador Virgílio Rodrigues Alves, defronte a residência do corretor de imóveis Eurípedes Augusto de Melo, o “Euripinho”, de 58 anos.

Naquela manhã compareceu na casa do corretor de imóveis o sargento aposentado na Polícia Militar, Márcio Aparecido Macri, de 51 anos e o ex-policial militar Leandro Ribas da Silva, de 40 anos, moradores em Mirassol e São José do Rio Preto, respectivamente.

Os policiais teriam vindo receber uma suposta dívida de honorários advocatícios, no valor de cerca de R$ 350 mil, contratados pelo advogado olimpiense Luiz Pimenta Laraia, atualmente radicado em Rio Preto.

Foi quando chegaram ao local os funcionários de “Euripinho” em uma Doblo, dirigida por Elton Regis Albertino, vulgo “Nuguete”, de 30 anos, Laércio Marques, vulgo “Laércio Peão”, de 57 anos e Paulo Sergio Vieira, o “Paulinho”, de 30 anos. Também “Nim Peão” se fez presente, chegando em outro veículo.

Foi quando começou o tiroteio. “Euripinho” foi atingido no braço, “Paulinho” no ombro e “Laércio Peão”, na barriga. Todos os disparos foram feitos por Macri, que não ficou ferido. Ribas foi atingido na nuca, por tiro disparado por Paulinho. Ele morreu depois de ter ficado internado na Santa  Casa de Barretos.

Toda ação do “tiroteio” foi gravada por câmaras de monitoramento. As imagens “viralizaram” nas redes sociais. Todos os envolvidos foram autuados em flagrante e, posteriormente, decretadas as prisões preventivas.

Depois de realizada a audiência de instrução no Fórum de Olímpia, no final de novembro, os acusados começaram a ser beneficiados com liberdade provisória. O primeiro foi Euripinho, por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Em seguida, “Nuguete”, “Laércio Peão” e Macri tiveram o benefício de liberdade provisória, condicionada a hipoteca de fiança de imóvel, por decisão da justiça local. O último a ser colocado em liberdade foi Paulinho.

Já “Nim Peão”, que estava foragido desde o dia do tiroteio, foi preso na noite do domingo, 17 de dezembro de 2017 e solto no dia 13 de março de 2018, depois de se envolver em um acidente na rodovia Assis Chateaubriand, nas proximidades do “Lanchão”.

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