01 de abril | 2007

Kiill diz que carneiristas demostravam preocupação com pedido de Comissão

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 Ao avaliar como muit positivo o movimento, o ex-vice-prefeito, Guilherme Kiill Júnior (foto), declarou na tarde de ontem para esta Folha que percebeu no rosto dos vereadores que compõem base de apoio do prefeito Luiz Fernando Carneiro, grande perturbação e preocupação com o pedido do Partido dos Trabalhadores (PT), para a instalação de uma Comissão Processante, com a finalidade de investigar a contração do estudante Fernando do Nascimento.

"A gente observou primeiro a reação por parte deles extremamente exacerbada, de pessoa que foi pega fazendo alguma coisa errada e que ficou muito raivosa, muito perturbada e preocupada", disse.

Ele conta que viu na câmara a grande maioria das pessoas apoiando o movimento e que as pessoas que estavam defendendo a permanência do prefeito no cargo eram as que têm cargos comissionados, ou seja, que recebem algum beneficio da prefeitura.

"Não estavam lá com a alma pra defender o prefeito. Vimos essa obsessão da câmara. As pessoas tentando desqualificar nossa pessoa e os nomes dos líderes desse movimento, mas ninguém tocou no assunto se o ato era lícito ou ilícito, os vereadores não tocaram no fato real", afirmou.

Kiill lamenta os ataques que houve em relação à sua pessoa e ao fato de ter sido expulso da prefeitura pelo prefeito Carneiro logo no início da administração passada.

"A maior parte da população sabe que tentei ter gabinete pra receber as pessoas e participar efetivamente do governo em cima das propostas de campanha que a gente havia feito. Infelizmente nada foi possível fazer no sentido de construir e todo mundo já sabe que tentamos e depois partimos para uma ação de fiscalização da administração e continuamos até hoje", asseverou.

O médico explica que o vice-prefeito tem um cargo, mas não uma função definida pela lei, a não ser a de substituir o prefeito no caso de ausência do mesmo: "Me coloquei a disposição o tempo todo para desempenhar essa função".

Kiill informou que já está inclusive preparando uma ação de danos morais contra seus acusadores. Para tanto já solicitou as fitas de gravação, tanto da Câmara, quanto da emissora de rádio para ver o que sua assessoria jurídica pode fazer neste caso.

"Na verdade é o desespero das pessoas e dos vereadores que nos atacam. Na verdade são mandados e a gente sabe por quem", definiu.

Ele considera ainda que a cidade ganhou mesmo com a votação sendo contrária à instalação da comissão processante. Por isso diz que o movimento não deve parar. "Vamos continuar denunciando na Câmara, que é fórum correto para julgar atos do prefeito. A população tem que ver e ficar atenta quais vereadores não se dispuseram a julgá-lo e o porque disso", reforçou.

Elencando os vários problemas que a cidade enfrenta, Kiill diz que agora espera que a justiça julgue rapidamente a ação civil pública que tramita no fórum da comarca.

Além disso, pede a mobilização da população no sentido de transformar o panorama. Ele cita, por exemplo, as últimas notícias violentas envolvendo até adolescentes da cidade: "a população não é empregada do prefeito ou do vice-prefeito ou dos vereadores, ela é patroa e tem que exercer seu papel de patroa, cobrando e fiscalizando".

 

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