08 de novembro | 2009

Loteamento clandestino tem até esgoto a céu aberto

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Além de se verem obrigados a conviver com a falta de segurança e com o esgoto a céu aberto, os moradores de um
loteamento clandestino, existente ao lado do Jardim Alvorada, zona leste de Olímpia, vivem com o medo de adoecerem por utilizarem água extraída de um lençol freático não muito profundo, por causa, justamente, da proximidade entre as cisternas e as fossas assépticas que utilizam diariamente.

Além disso, principalmente nos dias de muita chuva, os moradores não podem contar com a ajuda da Polícia Militar, Corpo de Bom­beiros ou de uma simples ambulância. Solução para os problemas que alguns deles enfrentam há mais de 10 anos, até que foi ten­tada, porém, nunca conseguiram que melhorasse.

Ultimamente, surgiu outro problema. A discórdia entre moradores por causa do rateio da conta de energia elétrica. O local, denominado pelos moradores como rua D, ao lado do jardim Alvorada, foi dividido em 13 chácaras onde vivem 21 famílias tem apenas um relógio de medição do con­sumo de energia elétrica.

A conta de energia elétrica, que serve também para funcionar a bomba de um poço ar­te­siano em uma das chácaras on­de o proprietário cria peixes, normalmente chega a aproximadamente R$ 800. E, desta fe­ita, segundo Dona E­dna, de R$ 880 subiu para R$ 1.300. Na hora da divisão a briga sempre é por pagar um valor menor.

Cerca de metade das chácaras, as localizadas na parte alta do loteamento, conseguiram colocar energia elétrica própria, o que não ocorre, por exemplo, com os que residem na parte baixa da rua ain­da imaginária.

Logo de início ao chegar na estrada que dá acesso ao local, há certa dificuldade para entrar com um carro de passeio por causa de muitos buracos que formam no período de chuvas. Os moradores reclamam que por isso que a presença da polícia e até a entrada de ambulâncias ficam comprometidas.

Há dezenas de chácaras que se formaram oriundas de outras ma­iores que os proprietários foram dividindo em lotes menores e vendendo ou cedendo para outros membros da família morarem, vendo que a grande maioria desses ocupantes são de famílias de classe média baixa, alguns são aposentados, e que utilizam dessa terra para plantarem frutas, verduras, criarem porcos, galinhas, peixes, algumas cabeças de gado, tiram o próprio sustento dessa terra e para morarem.


SEM ONDE CAMINHAR

Como há várias famílias, há uma grande quantidade de crianças nesse local e os pais lamentam da dificuldade de levá-las à escola em tempos chuvosos. O caminho é feito através de um trio (passagem que se forma com o decorrer do tempo) que foi feito entre uma chácara e outra.

Quando chove, segundo os moradores, o problema é com as enxurradas que descem dos bairros mais altos, fazendo buracos onde acabam se tornando um tormento para quem passa nesse caminho, há relatos de várias quedas sofridas por quem passa por ele, principalmente em se tratando de pessoas idosas e crianças.

Muitos ainda não têm água encanada, principalmente os que adquiriram casas ou terrenos há pouco tempo. Por não haver infra-estrutura adequada moradores improvisam e ajudam uns aos outros, de várias formas como, por exemplo, quando falta água um vizinho empresta a outro que está sem. O esgoto de bairros vizinhos é jogado a céu aberto a pelo menos 100 metros de distância da chácara Água Viva, pertencente a Ha­roldo Aparecido Bonelli.

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