13 de janeiro | 2019

Mãe de portador de dislexia reclama da falta de professor auxiliar e mais atenção em sala de aula

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Ivaneide Neves (foto), que é mãe de um menino portador de dis­lexia, tem reclamado do atendimento que o filho tem recebido na escola. Segundo ela, prejudicando o a­prendizado dele.

Ela reclama a falta de preparação dos professores para lidar com esse tipo de questão. Além de tudo, ela pede um professor auxiliar para prestar o a­tendimento adequado e mais atenção para seu filho. Ela afirma que, embora já tivesse procurado, a Secretaria Municipal de Educação da Estância Turística não tem atendido seus pedidos.

De acordo com ela, a dificuldade é que, segundo ouve das próprias professoras, elas não têm tempo para ajudar o Ga­briel, seu filho, em razão de ter mais de 30 alunos na sala. Mas reforça que ele necessita realmente da ajuda de uma professora “Ele não entende, ele não acompanha é muito rápido, ele demora para ler, para decifrar uma palavrinha. Agora até que ele está lendo, ele lê bem só que a dificuldade dele é de colocar no caderno, que deste ano ficou em branco”, relatou durante en­trevista que concedeu à rádio Cidade FM.

Neves conta inclusive que já pensou em matricular o filho em uma escola particular, mas que mesmo assim não existe na cidade uma escola preparada para o atendimento específico. “Mesmo na particular eles pedem para a gente procurar u­ma professora particular para ajudar o Gabriel em casa. Quer dizer, se ele estiver estudando em uma escola particular não tem como eu procurar uma outra professora particular para ensinar ele em casa. Ele já faz acompanhamento com fo­no­a­udióloga, psicóloga, são pessoas que ajudam demais e nós também em casa. Hoje se o Gabriel consegue ler bem e coloca alguma coisa no papel é devido a estes profissionais e nós pais, porque realmente a escola não tem pessoas capacitadas para isto”.

DEBRUÇA NA CARTEIRA

Também de acordo com ela, às vezes o filho chega da escola e diz que não fez nada. “Simplesmente vai para a escola pa­ra passear, porque tem professoras que falam que o Ga­briel debruça na carteira e não quer fazer as coisas e não é assim, eu acho que se ele está lá o professor também tem que cobrar de­le, se a pessoa sabe que ele tem essa dificuldade, dá um toque ne­le, ele é uma criança”, reclama.

Conta a mãe que percebe que o filho sofre com essa situação: “porque agora ele entrou de férias e o grau de ansiedade dele diminuiu bem, porque o Gabriel vai para a escola e estava com a ansiedade muito forte. O doutor até falou que ele precisava passar novamente pela psicóloga porque ele tinha parado o tratamento e teve que voltar. Ele estava comendo mu­ito as unhas, até a unha do pé ele estava roendo”.

Além disso, relata que desde o terceiro ano que está pedindo a professora auxiliar para ele na secretaria, mas eles “não dão, porque eles falam que o Gabriel, anda, ele corre ele vai no banheiro sozinho, a professora auxiliar seria somente se ele não fizesse essas coisas, se tivesse que acompanhar, ir ao banheiro com ele e lhe desse a refeição e ele não precisa disso”.

Segundo Ivaneide Neves, a dislexia é um transtorno de aprendizado. A criança tem dificuldade na escola. A dificuldade maior é para copiar da lousa para o caderno. “Só que hoje a gente não tem professores para poder ajudar essas crianças nas escolas e está sendo muito difícil”, reforçou.

OUTRO LADO

Segundo nota da assessoria, “A Prefeitura de Olímpia, por meio da secretaria municipal de Educação, esclarece que o aluno G.S.N., foi atendido pela rede municipal de ensino até 2018, quando concluiu o 5° ano do Ensino Fundamental na Escola Theodomiro da Silva Melo. Devido à aprovação do estudante, o mesmo passa, neste ano letivo de 2019, a cursar o 6° ano que faz parte do ensino oferecido pela Secretaria Estadual de Educação”.

A Educação acrescenta que, “enquanto estava na re­de municipal, o aluno frequentava, pe­la manhã, o ensino regular e, no contra turno, participava do Atendimento Educacional Especializado (AEE), na sala de recursos multifuncionais, a­com­panhado por professor especialista, de acordo com di­agnós­tico apresentado pelo relatório de avaliação médica, recebendo todo suporte previsto em lei”. Agora, no sexto ano, esse aluno vai para a Escola Estadual Dr. Wilquem Ma­­­noel Neves, finaliza a no­ta.

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