18 de outubro | 2015

Moradora sugere voltar a comprar água de Celso Teixeira

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Nem o mais antigo morador do Distrito de Ribeiro dos Santos, localizado na região norte do município de Olímpia, que, segundo consta surgiu antes da fundação de Olímpia, pensaria que voltaria a viver uma situação tão caótica quanto a que está enfrentando há aproximadamente três semanas com a falta de água nas torneiras. Por isso, uma moradora sugeriu que o prefeito Eugênio José Zuliani volte a comprar água do ex-vereador Celso Teixeira, que acabou sendo cassado por causa de ter mantido um contrato de fornecimento de água com o então DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia), no valor de R$ 100 por mês.

A sugestão partiu de uma reclamação sobre a falta de água por tanto tempo feita a uma emissora de rádio local, por uma mulher que se identificou pelo nome de Sueli, que reside em Olímpia, mas tem a mãe morando ainda no Distrito de Ribeiro dos Santos.

“A Cohab tem o poço dela que é da Cohab e tem um poço que é do Celso Teixeira. Porque o prefeito não conversa com o Celso Teixeira e, até fazer esse outro poço não usa a  água do poço dele. Paga a água para ele, porque tem que tomar uma providência”, questionou ao mesmo tempo fazer uma sugestão.

“Eu nunca vi uma cidade turística e Ribeiro dos Santos está em estado de calamidade. Está uma pouca vergonha”, acrescentou Sueli.

De acordo com ela “vai para a terceira semana que Ribeiro não tem água porque o poço artesiano desbarrancou. Tentaram recuperar, mas não teve condições. Só que estão furando outro poço faz três semanas, mas só que nada de poço. Os caminhões pipas estavam levando água só que na terça-feira (dia 13) não tinha água na torneira”.

CRÍTICANDO VEREADORES

E como sempre ocorre quando há um problema mais grave as críticas chegam à classe política, inclusive aos vereadores: “eu acho que na hora da pessoa votar ela tem que pensar muito bem em quem vai votar porque a coisa em Ribeiro está difícil. Vereador foi lá pegar voto e até hoje nunca mais vai lá ver o que está acontecendo. Será que eles não estão vendo na in­ter­­net que o povo está colocando para tudo quando é lado, que o povo de Ribeiro não tem água? Está difícil viu”.

“O calor que está. A minha mãe é idosa. Nós fomos limpar a casa da minha mãe ontem (3.ª feira, 13) e não tinha água para limpar a casa dela. O que é isso gente? Ninguém to­ma providência”, voltou a questionar.

Sueli reclama também da falta de recursos para evitar casos emergenciais: “Tem dinheiro para tanta coisa porque na hora de furar um poço para ter água para a população (não tem). A pessoa precisa de água para tudo. É difícil. Ribeiro dos Santos está em estado de calamidade”.

Daemo promete solução para a próxima 2.ª feira

O diretor da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, Antônio Jorge Motta, prometeu para a próxima segunda-feira, dia 19, uma solução para o problema da falta de água que há aproximadamente três semanas está atingindo praticamente toda a população do Distrito de Ribeiro dos Santos, localizado na região norte do município de Olím­pia.

“Já estamos hoje (5.ª feira, 15) no quarto dia de per­furação de um poço novo e na segunda-feira (dia 19) a gente normaliza o abastecimento de prospecção de poço em Ribeiro dos Santos”, informou à imprensa local ao ser questionado a respeito de qual seria a expectativa de normalizar o abastecimento na localidade.

Embora seja uma situação que perdura há mais de duas semanas, pelo menos, somente na quarta-feira desta semana, dia 14, é que o caos que se estabeleceu no distrito chegou ao conhecimento da imprensa. “A reclamação procede”, enfatizou Motta.

“Nós temos um problema com o solo de Ribeiro dos Santos que é desagregado, é arenoso. Os nossos poços tem um problema de turbidez na água e possíveis colapsos como houve agora, acabou por desbarrancar o nosso poço. A gente tentou lavar, recuperá-lo e não conseguimos”, acrescentou.

Mas o problema acabou afetando de maneira global a população do distrito: “Acaba por afetar toda a localidade porque a gente fez uma interligação de reservatório para que não falte água só na mesma parte. Ou seja, a gente prefere disponibilizar menos água para todos do que mais água para uma parte da cidade e nada para a outra. O que está ocorrendo é porque a gente está fazendo uma manobra  para que  todo mundo tenha um pouquinho de água”.

CAMINHÕES PIPAS ABASTECEM

Além disso, segundo ele, estão sendo utilizados caminhões pipas com a finalidade de minorar a redução no abastecimento: “estão servindo as residências lá, diuturnamente”.

“Esse poço já foi desativado. Ele desbarrancou. Não tem mais salvação. Esse é o tipo de problema que não dá para a Daemo agir de maneira profilaxia. Ou seja, a gente não tem como cuidar para que isso não aconteça. Os poços são revestidos em sua totalidade, do início ao fim, mas a areia acaba por passar e perder o poço e foi isso que aconteceu, infelizmente”, acrescentou.

O diretor aponta dificuldades técnicas para ter um poço reserva: “vou explicar uma coisa que é oportuna: eu não posso deixar um poço perfurado lá de maneira emergencial porque esse poço possivelmente o dia que a gente for utilizar, quando houver um problema em outro, ele também estará inoperante. Então, é um poço que a gente tem que perfurar, encamisar e já começar a utilizá-lo. Ele tem uma vida útil de dois a três anos e, infelizmente ele se perde e a gente tem que perfurar outro”.

Entretanto, segundo o diretor não há uma solução definitiva a não ser perfurando um poço profundo com até dois mil metros, inclusive em razão do custo. Mas é uma medida que está nos planos da autarquia.

“Por ora não porque demanda um investimento maior. A gente teria que falar em poço profundo, mas é de uma ordem (financeira) que por ora, a gente não tem condições de implementar”, finalizou.

 

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