09 de novembro | 2008

MP quer saber sobre material doado pela Ambiental a Altair

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O Ministério Público da comarca de Olímpia e a Câmara de Altair querem informações sobre vários equipamentos doados pela Polícia Ambiental para a prefeitura da cidade. A informação foi divulgada na terça-feira desta semana, dia 4, pela TV Tem de São José do Rio Preto, emissora afiliada da Rede Globo de Televisão. Parte dos equipamentos que foram guardados em um sítio teria desaparecido.

Há documentos que comprovam a doação da Polícia Ambiental de São José do Rio Preto para a prefeitura de Altair. Entre os equipamentos doados estão sete barcos, 11 motores, bombas injetoras, compressores de ar, mangueiras, roupas e outros itens de mergulho.

As entregas, segundo os registros, teriam acontecido em três datas diferentes em 2006, 2007 e início de 2008. Na Câmara de vereadores, a reclamação é de que até hoje nenhum parlamentar tomou conhecimento dos objetos.

"A câmara que saber onde que colocou os materiais, porque até agora a câmara não tem informações de onde estão esses materiais que foram doados pela Ambiental para a prefeitura", reclama o vereador Antônio Bispo Rodrigues.

Pelas denúncias recebidas pelos vereadores, parte dos equipamentos estaria em um sítio da cidade. O caseiro do sítio, identificado apenas pelo pré-nome Joel, confirma que guarda o material entregue pela Polícia a pedido do prefeito José Diogo Flores.

À emissora de televisão, ele mostra os objetos guardados de forma precária, muitos já sucateados. O caseiro diz também que foi nomeado como fiel depositário do prefeito para tomar conta do material, mas diz não ter qualquer documento que comprove isso.

A relação da Polícia Ambiental aponta uma doação de sete barcos, mas no sítio havia apenas 5. O mesmo acontece com os motores. Foram encontrados apenas 6 dos 11 que foram doados.

O Ministério público instaurou inquérito civil para que o prefeito informe onde foram parar todos os equipamentos. Se não informar ou não comprovar a destinação poderá responder por desvio de bem público, que pode dar origem a uma ação de improbidade administrativa. A reportagem desta Folha não conseguiu manter contato com Flores até o fechamento da edição.

 

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