30 de dezembro | 2018

No “apagar das luzes”, Pimenta recontrata sem concurso jornalista que defende Geninho

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No apagar das luzes e quase no escuro, o presidente da Câmara Municipal de Olímpia, Luiz Gus­tavo Pimenta (foto acima), que foi vice-prefeito na administração do ex-prefeito e deputado federal eleito, Eugênio Jo­sé Zuliani, Geni­nho, que deixa o cargo neste final de ano, ignorou a lei que obriga a realização de concurso pa­ra o cargo e fez um adi­tivo em um contrato para re­contratar o jornalista Or­lando Ro­drigues da Costa (foto abaixo), que segundo se comenta, continuaria defendendo Ge­ninho e atacando o atual prefeito na internet.

O jornalista, além de escrever em jornal, também manteria um blog na in­ter­net, que em parte do governo Geninho era seu crítico ferrenho e, ao depois, ao contratado pelo então mandatário, passou a ser seu defensor incansável. Mesmo após ter se desligado do governo municipal, após o término do mandato de Geninho, con­­tinuou a exercer a defesa escancarada do ex-patrão.

A recontratação de Or­lan­do Rodrigues da Costa se deu através do Termo Aditivo número 17/2018, do dia 11 de dezembro próximo passado, adi­tan­do o contrato número 26/2017, que foi assinado no dia 11 de dezembro de 2017, passando a valer entre os dias 12 de dezembro de 2018 e 11 de dezembro de 2019.

O contrato tem como o­bjeto a “prestação de serviços de redator de informes legislativos para elaborar e traduzir em texto com linguagem clara e con­cisa todas as sessões no plenário da Câmara Municipal da Estância Turística de Olímpia: ordinárias, extraordinárias, solenes, técnicas e audiências públicas, previstas no Artigo 116, parágrafo único, da Resolução nº 118/90; ainda demais eventos que venham ocorrer no recinto da Câmara e que seja de in­teresse da sociedade ou comunidade, assim como os eventos externos, incluindo reuniões locais e viagens oficiais, palestras e afins, bem como aqueles referentes a registros fotográficos, pelo período de 12 (doze) meses. O valor continua com o total de R$ 31.700,00.

LEI OBRIGA CONCURSO

Por outro lado, uma Lei Municipal que foi aprovada pela Câmara Municipal no dia 12 de fevereiro de 2016, quando Eugênio Jo­sé Zuliani, Geninho, e­xer­cia o último ano de seu segundo mandato, obriga a realização de concurso público para a efetivação da contratação de jornalista. Seria esta, possivelmente, a principal situação de irregularidade encontrada pe­la reportagem na contra­tação do jornalista Orlan­do Rodrigues da Costa, pe­lo presidente do Poder Le­gislativo, Luiz Gustavo Pimenta, que foi vice-prefeito de Geninho.

Para o cargo de jornalista o salário mensal a ser pago era de R$ 2.973,99 por 40 horas de trabalho por semana, com a exigência de ensino superior completo, além de experiência na área.

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