21 de agosto | 2011

Olímpia é 6ª colocada no ranking de homicídios nos últimos 10 anos

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Com o total de 40 mortes, o município de Olímpia aparece como o sexto colocado num levantamento publicado pelo jornal Diário da Região, com base em dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, relativos há 15 municípios, no período entre janeiro de 2001 e junho de 2011.

O total de 40 mortes verificadas nesse período está dividido da seguinte forma: 4 (2001), 1 (2002), 8 (2003), 4 (2004), 7 (2005), 2 (2006), 4 (2007), 3 (2008), 3 (2009) e 4 (2010). Vale ressaltar que no levantamento não inclui o caso registrado como latrocínio, no mês de fevereiro deste ano.


Nessas 15 localidades foram contabilizados 1.210 homicídios durante o período analisado. Em termos matemáticos, significa que, em média, acontece uma morte a cada três dias. Na prática, milhares de familiares das vítimas tiveram o cotidiano transformado bruscamente pela violência.


Até por ter a maior população, 408 mil habitantes, Rio Preto é responsável por um terço dos casos com o total de 353 mortes. A segunda cidade em que mais se morre de homicídio é Catanduva, com 85. Depois, Barretos (76), Votuporanga (48) e Pereira Barreto (42).


Também segundo o levantamento, o ano mais violento foi 2003, que aparece, em todo o período pesquisado, com o total de 143. Já o segundo mais violento foi 2010, com 125 óbitos na região.


Os dados da Secretaria de Segurança Pública deixam a certeza de que localidades de pequeno porte não estão livres desse crime contra a vida. Das 105 cidades que compõem a região, 92 registraram homicídios na década, sendo que 20 delas tiveram pelo menos dez mortes violentas.


MOTIVAÇÕES


No entanto, segundo o especialista em segurança, José Vicente de Carvalho Filho, não se pode afirmar que essas mortes estão relacionadas ao tráfico de entorpecentes. “É simplista acreditar que a maioria dessas mortes está ligada ao tráfico de drogas. O maior potencializador de agressões graves, inclusive mortais, é o álcool. O homicídio decorre de conflitos mal resolvidos entre as pessoas”, explica. Para ele, há uma cultura de violência instalada no Brasil. “Existe o senso comum de que certos assuntos devem ser resolvidos na base da porrada”, emendou.


Segundo o delegado-seccional Joseli Donizete Curti, são várias as motivações. “Brigas de momento, crimes passionais, desentendimentos entre familiares e envolvimento em crimes e entorpecentes.

Tudo está ligado à falta de tolerância e diálogo”, diz.

LOCALIDADES SEM
HOMICÍDIOS

Apenas em 13 municípios da região noroeste não houve registros de ocorrências dessa espécie na última década. Todas elas têm menos de cinco mil habitantes. A ausência desse grave delito contra a vida, no entanto, não transforma esses municípios em ilhas de tranquilidade. Segundo a Polícia Civil, há incidência de furtos. Esse crime conta com a participação de menores e é motivado pelas drogas.


Uma das cidades que não tiveram morte foi Sebastianópolis do Sul. A delegacia só conta com delegada e escrivã e duas vezes por semana, investigadores de Macaubal e Nhandeara auxiliam nas investigações. Lá, geralmente, a delegada atua como mediadora de conflitos que geralmente não necessitam de cadeia, como pequenas brigas, discussões e ameaças.


Nipoã é a maior cidade que faz parte dessa estatística, com 4.274 moradores. No período da safra, entre fevereiro e novembro, a população ganha duas mil pessoas. Lá ninguém se recorda quando aconteceu o último homicídio. Neste ano, por exemplo, foram registradas três ocorrência de roubos: caminhão de entrega, comércio e residência.


Além de Nipoã e Sebastianópolis do Sul, não tiveram homicídio Magda, Marapoama, Santa Rita d’Oeste, Zacarias, Monções, Dolcinópolis, Parisi, Vitória Brasil, Dirce Reis, União Paulista e Santa Salete.


 

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