26 de maio | 2019

Olímpia ficaria em 4.º lugar em pesquisa sobre consumo de água potável no Estado

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De acordo com a informação divulgada em fevereiro deste ano pela Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olímpia, a cidade tem o 4.º maior consumo por dia de água potável no Estado de São Paulo. Segundo os números mostrados na oportunidade, cada olimpiense consome diariamente 203 litros de água, ficando abaixo apenas de São José do Rio Preto, Santos e Ribeirão Preto. A Organização das Nações Unidas (ONU) preconiza um gasto de até 110 litros.

A constatação pode ser feita baseada em um levantamento do Instituto Trata Brasil, que aponta que Rio Preto consome 240 litros por pessoa, entre as 54 cidades estudadas pelo instituto.

O estudo Painel Saneamento Brasil levou em conta o consumo diário por pessoa de 200 cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes ou mais. Os dados incluem os gastos doméstico (residências), comercial e industrial. A média, segundo o biólogo e professor da Unesp Arif Cais, é alarmante e revela uma falta de conscienti­zação da população sobre o uso racional da água.

“É um número assustador. Isso significa que a população não tem respeito com um bem ambiental que é a água. Tem que mudar esse comportamento de gastar muito”, disse o professor ao jornal.

O alerta tem suas razões. “As previsões de quem trabalha com o clima é de que a água doce vai faltar”, reforça o biólogo. Em comparação com algumas cidades apontadas no estudo, com 203 litros Olímpia o consumo local só não é mais alto do que os das cidades de Rio Preto (240,54), Santos (230,37) e Ribeirão Preto (214,04).

O professor da Unesp complementa com algumas medidas que podem ser inseridas no dia a dia e que podem ajudar na preservação: não lavar quintal, áreas em comum ou veículos com água da torneira, tomar banho consciente (tempo necessário apenas), escovar os dentes com um copo de água, verificar vazamentos de torneiras ou encanamentos e usar água de reuso (água da chuva, da máquina de lavar etc) são alguns exemplos. “Precisamos ter parcimônia. Eu prevejo que um dia não vai ter água para tomar banho todos os dias. Água que vamos ter de tirar de reuti­lização do esgoto como já faz a Califó­rnia, nos Estados Unidos”, finalizou.

PERDAS

Atualmente pelos indicadores da Superintendência de Água. Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental as perdas de água contabilizadas entre produção, reservação e distribuição de água estão em torno de 25%, bem abaixo da média nacional que é 40% (fonte SNIS ano 2009), segundo o Guia Prático, Técnicas de operação em sistemas de abastecimento de água, Pesquisa e Combate a Vazamentos Não Visíveis, Ministério das Cidades, Brasília, SNSA, 2007.

Essa diferença deve-se devido a consumo não faturado (uso próprio, caminhões pipa, entre outros); perdas aparentes ou comercias (uso não autorizado – fraudes); perdas físicas (vazamentos nos sistemas de adução, reservação e distribuição até o ponto de medição do cliente).

Mas Olímpia perde menos água potável apenas para Rio Preto que desperdiça 27,2%. Na relação publicada nesta semana, as cidades de Santos (14,3%). Campinas (20,9%) e Gua­rulhos (24,6%), desperdício menos de água, inclusive tratada.

 

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