17 de março | 2019

Olímpia passa de menos de 1 a quase 4 casos de dengue por dia

Compartilhe:

Com 112 casos positivo, a secretaria municipal de Saúde da Estância Turística de Olímpia já pode estar tentando administrar, ou seja, já estaria vivendo um surto de dengue, doença que é transmitida pelo mosquito Aedes-aegypti, adulto. Isto porque, em menos de um mês, ou seja, do dia 24 de fevereiro próximo passado, até nesta sexta-feira, dia 15, a cidade, que registrava menos de um caso por dia, passou a contabilizar quase 4 casos por dia.

A informação divulgada pela Prefeitura Municipal a menos de um mês atrás, dava conta que a cidade registrava um caso positivo da doença a cada 30 horas. Sendo assim, até então haviam sido registrados 40 casos positivos da doença desde o início do ano.

Se em 24 de fevereiro a cidade tinha 40 casos positivos – problema que não divulgam número de casos suspeitos – e agora tem 112 oficiais, a média que era de 0,72 por dia, ou seja, menos de um caso por dia, mais que duplicou, passando quase 4 casos por dia. Quer dizer, foram registrados mais 72 casos em 19 dias, sem contar com o número que pode ter sido registrado na sexta-feira, 15, saltando agora, para 3,7 casos por dia. Um aumento muito significativo.

Segundo consta no UOL, um surto acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a dengue é tratada como surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões específicas (um bairro, por exemplo).

Já a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia no nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia no nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país. Exemplo: no dia 24 de fevereiro, vinte cidades haviam decretado epidemia de dengue.

Pandemia: em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta. Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou a registrar casos nos seis continentes do mundo. A AIDS, apesar de estar diminuindo no mundo, também é considerada uma pandemia.

Já a Endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do Brasil”.

CAMPANHA OFICIAL

Porém, somente agora, mas visando manter sob controle o avanço da dengue na Estância Turística de Olímpia, a Prefeitura, por meio da secretaria de Governo, lançou, nesta semana, uma campanha institucional de incentivo ao combate da doença.

Por meio de outdoors espalhados em pontos estratégicos da cidade e da distribuição de panfletos, o município tem o objetivo de reforçar a importância do trabalho em conjunto do poder público com a sociedade.

A temática do material aborda a mensagem de que Olímpia ainda está na contramão de outras cidades da região, como São José do Rio Preto e Barretos, que já enfrentam uma situação mais grave contra a dengue. Assim, os esforços de toda a comunidade podem ajudar a proteger o município de um avanço no número de casos positivos.

Para isso, a campanha incentiva a “Virar este Jogo”, fazendo alusão a medidas simples como virar recipientes, vasos e garrafas com a boca para baixo, evitando o acúmulo de água parada, que é o principal meio de prevenção ao surgimento de novos criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença.

“A gravidade da dengue é certa para este ano em todo o país, por isso, estamos tomando diversas medidas em todos os setores. Nosso principal foco é fortalecer a importância da união de esforços. O município não consegue sozinho e precisa da contribuição de cada cidadão para eliminar os criadouros. Já estamos providenciando a contratação emergencial de mais agentes para reforçar o trabalho de visitas às casas, bem como seguimos no trabalho de orientação médica na UPA e UBS, bloqueios e nebulização. Queremos provar que ‘Juntos, somos mais forte que o mosquito’”, destacou o prefeito Fernando Cunha.

INTENSIFICAÇÃO DE AÇÕES

Além do material insti­tucional de conscienti­zação, o município segue intensificando as ações de combate à dengue.

A ação de maior demanda é a visita dos agentes de saúde, que já percorreu mais de 11 mil imóveis somente este ano, seja no trabalho regular de visita casa a casa ou no ato de bloqueio, realizado num perímetro delimitado quando há caso suspeito da doença. Em ambas as atividades, os agentes visitam as casas procurando possíveis criadouros do mosquito e orientam os moradores sobre medidas de prevenção, lembrando que os profissionais estão devidamente identificados com uniformes e crachás durante a atividade.

Além disso, quando confirmado um caso positivo da doença, tem sido realizada a nebulização. Segundo o setor de Controle de Endemias, a ação segue o protocolo do Ministério da Saúde, destinada apenas aos imóveis delimitados em uma área de risco, e o produto utilizado é disponibilizado pelo Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS-V). No total, quase 8 mil imóveis foram nebulizados este ano.
 

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas