13 de novembro | 2016

Olímpia tem aproximadamente 20 mil em condições de alta vulnerabilidade social

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A cidade de Olímpia, que há quase oito anos vem sendo decantada pelo prefeito Eugênio José Zuliani e seu grupo político como uma cidade maravilhosa, tem aproximadamente 20 mil pessoas, pelo menos, vivendo em condições de alta vulnera­bilidade social. Pelo menos é isso que se pode depreender de um release publicado no site da Prefeitura Municipal anunciando a inauguração de uma obra construída com dinheiro do PAC II (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal.

No release consta que o projeto está localizado no entorno de mais de uma dezena de bairros com alta vulnerabilidade social e que o território social atenderá cerca de 5 mil famílias.

Essas famílias, segundo a assessoria, estão nos bair­ros: Campo Belo, Ce­cap, Cizoto, Distritos Industriais 1 e 2, Jardim Alvorada, Jardim Luiza, Jardim Paulista, Recanto Harmonia, Residencial Harmonia, Residencial Viva Olímpia, Jardim Santa Fé, Jardim São Domingo, Jardim Maristela, Esperandio Cristofolo (CDHU II), Village Morada Verde, José Trindade (COHAB I), Luiz Zucca (COHAB II), Jardim Menina Moça I e II, Quinta das Aroeiras e Residencial Vi­da Nova Olímpia, este ainda em fase de construção.

A reportagem desta Folha da Região considerou que a cidade tem entorno de 53 mil habitantes, segundo a estimativa de 2015, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).

Além disso, que cada uma das cinco mil famílias seja composta por em média quatro pessoas, segundo convenção mundial para avaliação de dados, por isso chega-se à conclusão de que se trate de 20 mil pessoas vivendo em alta vulnerabilidade social, ou seja, praticamente quase a metade da população.

OBRA PARADA E DETERIORANDO

Por outro lado, e aí pode estar demonstrado o descaso que a classe política normalmente tem com a classe social mais baixa, é a demora para a conclusão da obra do CEU na zona leste da cidade.

Como se recorda, em 31 de maio de 2015, esta Folha da Região publicava que essa obra que estava sendo construída pela empresa Ello Forte Indústria Comércio e Empreendimentos Ltda., de Ribeirão Preto, que então estava paralisada desde o mês de novembro de 2014 e em franco processo de deterioração, continuaria parada, segundo informação do próprio prefeito.

“Estamos torcendo, fazendo gestão, mas depende do governo Federal pagar para a obra ser concluída. Hoje existe uma medição de aproximadamente R$ 120 mil, via Ministério da Cultura que é paga pela caixa federal”, explicou o prefeito na época.

Em seguida ele acrescentava: “O governo federal pagando os R$ 120 mil da obra já executada, fiscalizada e medida pela caixa, só falta o recurso financeiro, a empresa ganha oxigênio para voltar a trabalhar e concluir a obra”.

Por outro lado, o prefeito justificava que não tinha como colocar recurso próprio para a conclusão da obra porque o convênio não permite: “Não existe previsão legal para fazer isso. Convênio é convênio e tem que ser executado com aquele dinheiro”.

Ocorre que, em razão do tempo em que a obra permaneceu paralisada, na ocasião um dos problemas constatados, pelo menos aparentemente, seria com o piso da quadra poliesportiva que já estava trincado. Porém, não se sabia se a avaria se dava pelo serviço ainda não ter sido completado ou se por algum problema técnico relativo ao material (concreto) utilizado.

Prefeito inaugura obra no J. Luiza que já estava com quase três anos de atraso

Da redação e assessoria

Já nos estertores de seu segundo mandato, o prefeito Eugênio José Zuliani inaugurou uma obra localizada no Jardim Luiza, na zona leste da cidade, que já estava com quase três anos de atraso. Trata-se do CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados) cujo prazo de entrega estava previsto para o dia 20 de fevereiro de 2014. A solenidade foi realizada no início da noite de quinta-feira desta semana, dia 10, às 18 horas.

O projeto foi construído com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento-PAC, por meio do Ministério das Cidades. O espaço está localizado na Rua Mário Riscalli, número 205, no Jardim Luiza. A empresa responsável pela construção foi a Ello Forte Indústria, Comércio e Empreendimentos Ltda.

CEU é a nova denominação da Praça do Esporte e da Cultura (Praça do PAC), que compõe o PAC 2 no Eixo Comunidade Cidadã, assim como outros equipamentos sociais de Saúde, Educação e Segurança Pública. O valor de investimento para esse modelo foi de R$ 2,02 milhões.

O modelo construído em Olímpia é de 3 mil metros quadrados, com dois edifícios multiuso, dispostos numa praça de esportes e lazer, com CRAS III (Centro de Referência de Assistência Social), salas multiuso, biblioteca, tele centro, cineteatro/auditório com 60 lugares, quadra poliesportiva coberta, pista de skate, equipamentos de ginástica, playground e pista de caminhada.

O CRAS III recebeu o nome de Sueli Aparecida de Oliveira Mialich, que por 14 anos trabalhou nos projetos sociais da Prefeitura, entre eles a Casa Abrigo. O teatro recebeu o nome do professor Rotschild Mathias Netto.

A biblioteca recebeu o nome da bibliotecária Regina Célia Pompêo, outra dedicada funcionária pública por 32 anos. O tele centro (espaço de inclusão digital) presta homenagem ao professor Paulo Martin Pereira. Já a Quadra Poliesportiva recebeu o nome de Antoninho Benedito Pagotto.

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