04 de janeiro | 2015

Olimpienses esperam 2015 bem melhor que 2014

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Os olimpienses entrevistados por esta Folha, representando os vários segmento em que atuam, além de comentar o que acharam do ano que está terminando, afirmam que esperam que o ano de 2015 seja bem melhor do que 2014. Para eles é necessário investir em programas que possam fomentar o desenvolvimento da cidade.

Foram ouvidos o presidente do Sindicato dos Empregados Rurais de Olímpia e região, Sérgio Luiz Sanches; o presidente da 74.ª Subsecção da OAB de Olímpia, Ricardo José Ferreira Perroni; o pastor da igreja Comunidade Evangélica Igreja da Família, João Henrique Lameira Neto; o comerciante José Aparecido Passi; o presidente do Sindicato Rural de Olímpia, Osmar Lima; o vereador Hilário Juliano Ruiz de Oliveira; o frei Fernando Aparecido dos Santos, dirigente da Paróquia Nossa Senhora Aparecida; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e do Açúcar de Olímpia e Região, João Roberto Stringhini; o vereador Humberto José Puttini; e o presidente da ACIO, Flávio Arantes Vedovatto. A Folha tentou obter as impressões do prefeito Eugênio José Zuliani, mas nem através de seu assessor de imprensa, nem através do celular, ou pela internet conseguiu ser atendida.

Advogado espera melhor aplicação de recursos municipais

O presidente da 74.ª Sub­se­c­ção de Olímpia, da Ordem dos Advogados Brasileiro (OAB), Ricardo José Ferreira Perroni(foto), espera que em 2015 o município volte a crescer “porque passou a ser instância turística e os recursos e os repasses que vem ao município são expressivos, então aos nossos olhos, se tiver uma boa administração, se tiver um bom aproveitamento desses recursos, O­lím­pia só tem a crescer”.

Além disso, espera por uma “brusca mudança, principalmente na área política”. Já dentro do segmento da justiça espera “que esse procedimento eletrônico dê certo e, quanto ao país que se tenha uma mudança”.

Isso porque, segundo o advogado, em 2014 houve apenas um pequeno avanço no setor que ele representa, principalmente na área da justiça: “porque passou a ser exercido na comarca tanto na Justiça Federal do Trabalho quanto na justiça comum, o processo eletrônico digital. Vejo isso co­mo um avanço e até agora es­tá dando certo, os procedimentos estão céleres, mas ainda não está 100%”.

Perroni destaca que não houve pontos positivos, mas apenas negativos, como, por exemplo, a morosidade do Judiciário: “espero que com os procedimentos eletrônicos isso acabe, mas os processos físicos ainda existem e neles há uma grande morosidade”.

Há ainda outro fator negativo como o retrocesso que teve em relação à construção de um novo Fórum: “a gente tinha esperança que se fosse construído pelo Tribunal de Justiça e, infelizmente, tivemos a notícia que não vai mais construir, passando essa obrigação à Secretaria de Justiça”.

Além disso, entende que Olímpia teve decadência no seu crescimento em tudo, comparado aos outros anos: “não sei isso está atrelado a eleições, tivemos Copa do Mundo, mas Olímpia deixou a desejar”.

ACIO espera calçadão para fomentar o comércio central

Se pudesse fazer um pedido a Papai Noel, para que es­se interviesse na administração do prefeito Eugênio José Zuliani, o presidente da ACIO (Associação Comercial e Industrial de Olímpia), Flávio Arantes Vedovatto pediria que fosse construído um calçadão na área central para fomentar o comércio. “O que a associação comercial pede é o calçadão na área central para ur­banizar e fomentar ainda ma­is o turismo na nossa cidade”, enfatiza.

Para ele, 2014 deixou a desejar principalmente nesse sentido. Vedovatto diz que todo o setor empresarial da cidade espera muito nesse sentido: “o olimpiense é muito positivista, a gente é um povo hospitaleiro que recebe bem e que agrega valores ao seu empreendimento. Nós temos lojas com 60 anos de tradição, lojas em pleno desenvolvimento com empregabilidade e funcionando muito bem”.

“A gente sabe que não custa pouco para fazer o calçadão, mas sabe que como estância turística esse é um benefício a mais no nosso município. Nós precisamos nos adequar a essa nova realidade ter atrações culturais que envolvam o poder público. Nós precisamos juntar forças pa­ra que nós possamos aumentar o consumo na nossa cidade e aproveitar esse leque do turismo na área central”, acrescenta.

Para Vedovatto 2014 foi um ano atípico: “o Brasil passou por diversas turbulências em decorrência das eleições e copa. É obvio que vários segmentos da economia foram beneficiados, porém, para o setor varejista foi um pouco mais complicado na questão das vendas”.

Mesmo assim vê pontos positivos: “nós estamos com a área industrial em torno de 80 a 90 industrias, se fortalecendo com o lançamento do Distrito Industrial 3”. No lado negativo aponta a falta de capacitação profissional: “o olimpiense precisa cada vez mais se capacitar”.

Pastor espera que a população encontre porta aberta em 2015

Avisando que grande parte das pessoas está terminando esse ano bastante frus­trada em razão das o­por­tunidades que não tiveram, o pastor da igreja Comunidade Evangélica Igreja da Família, João Hen­ri­que La­­meira Neto(fo­to), pastor da igreja Comunidade E­van­gélica I­greja da Família, destaca que é preciso ter fé em um ano novo bastante positivo.

“Interessante a nós que vivemos de fé e pregamos a fé, a gente vai passar do dia 31 ao dia 1º numa reunião e, nós vamos dobrar os nossos joelhos e, de 23h45 até meia noite e pouco, nós estaremos o­rando pela cidade e para uma melhoria”, conta.

Lameira Neto reforça que o crescimento da cidade já verificado até agora “é fruto de oração, não só nossa, mas de todo cristão, nós orávamos para que a cidade abrisse outros horizontes, nós vimos que o Thermas e outras indústrias que estão abrindo aqui, a gente sabe que tudo isso é fruto de oração”.

De acordo com Lameira Neto, a “esperança como cristãos é que todo mundo encontre uma porta aberta nesse 2015 e que Deus esteja abençoando a nossa cidade, esteja abrindo porta de trabalho, também em outros sentidos, que as pessoas estejam encontrando sentido para as suas vidas”.

Segundo ele, 2014 para “a igreja foi um ano de muita luta e dificuldade. Infelizmente houve muita crise no país e no futebol, o que acabou desviando a atenção das pessoas, mas não foi de todo ruim. Tivemos muitas vidas se convertendo e conhecendo a palavra de Deus. Então, no setor cristão que a gente trabalha, eu creio que foi bom”.

Sobre os pontos positivos diz que vê “que muitas pessoas tem procurado a igreja, tem procurado solução para o seu problema e a igreja, como uma instituição que trabalha tirando drogados, restaurando casamentos, transformando jovens e adolescentes, trazendo esses jovens ao contexto familiar”.

Já sobre os negativos diz que “as pessoas não conseguem fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Eu falei a respeito do futebol e da copa: as pessoas tendem a esquecer, muitas vezes chega época de festas, época de programação, infelizmente as vezes entendem que as vidas delas são só festas, é só alegria, é só viver de forma intensa”.

Frei espera que haja igualdade e que todos tenham vida digna

Pertencente a Ordem Fran­cis­cana dos Frades Menores, o frei Fernando Aparecido dos Santos (foto), pároco da Paróquia Nossa Senhora Apareci­da, espera que haja igualdade à todas as pessoas do município e que todos aqueles que vivam à margem da sociedade venham ter uma vida digna no ano de 2015..

“A gente acredita e torce para que o município, o lugar que você viva, tenha condições de igualdade, de justiça, tenha condições de vida digna para todos, sobretudo para aqueles que estão à margens da sociedade”, afirma.

Santos faz uma comparação com o que o consta na Bíblia Sagrada: “como o profeta Isaias nos fala, que convidava o povo de Israel que um novo tempo iria chegar e, é isso que enquanto cristãos esperamos”.

Ele ainda acrescenta: “um novo tempo onde a justiça e a verdade prevaleçam, onde o amor e a solidariedade tam­bém. Que tudo isso se sobreponha a tudo aquilo que é negativo na nossa vida, então espero que 2015 seja um ano bastante promissor para todos os setores, para a igreja, para a sociedade civil, e também para o nosso município de Olímpia”.

Há quatro anos na cidade, Santos conta que está assistindo e participando dessa transformação, agora como o título de estância turística em 2014: “a gente vê com bons olhos, esse é o progresso que vem chegando para a cidade, e também com isso, vão surgindo alguns problemas como de infraestrutura e a gente deseja que Olímpia continue dando esse salto na qualidade de vida para os seus habitantes e também para os habitantes que aqui venham”.

No entanto, destaca que é necessário também “que tudo isso acompanhe todos os setores; deseja uma cidade melhor, que os governantes, a­que­les que têm a responsabilidade de promulgar as leis e de as fazer executar, que o­lhem com carinho para a cidade e que faça acontecer aquilo que é melhor para a cidade, isso em todos os segmentos”.

Comerciante espera que prefeito dê mais incentivos para indústria

Embora entendendo que o ano de 2014 tenha sido bom, principalmente por causa de programas sociais do Governo Federal, o comerciante José A­parecido Passi (foto) espera que em 2015 o prefeito Eugênio José Zuliani dê mais incentivos ao segmento industrial. “A gente precisava de mais indústrias, que o nosso prefeito desse mais incentivo para as indústrias”, afirma.

Na opinião dele, embora reconhecendo a importância do truísmo, através das indústrias pode-se dar emprego a muita gente: “esse pessoal iria comprar no comércio. Eu pediria ao senhor prefeito que desse um incentivo para trazer industrias para nossa cidade, porque muitas cidade por aí tem dado esse incentivo”, acrescentou.

Além disso, demonstra confiança em um crescimento do setor: “a gente, como comerciante, tem que tentar enxergar os pontos positivos e espero que 2015 seja um ano bom para todos em qualquer ramo de atividade. Não importa o que a gente faz, tenho certeza que cada um prepara como se fosse para o outro dia”.

Passi diz que 2014 foi um ano ajudado pelos programas sociais do Governo Federal: “a gente na medida do possível, assim como teve esses lançamentos de bairros novos, que foi a Minha Casa Minha Vida, não pode reclamar. Não foi um ano tão ruim como todo mundo está apregoando”.

De acordo com o comerciante, o destaque positivo fi­ca para o cartão Minha Casa Melhor: “foi onde deu uma ala­vancada nas vendas. O mês de agosto foi o melhor do ano, tirando dezembro. Já o ponto negativo, o que “sempre atrapalha um pouco é a inadim­plência, mas tirando isso aí, tivemos mais pontos positivos do que negativos”.

José Passi destaca que a inadimplência tem aumentado um pouco: “e essa é uma pre­ocupação para todos os comerciantes.

A gente procura sempre analisar os cre­diários. A gente sempre tem as opções dos cartões, mas há muitos clientes que têm comprado pela loja, alguns pagam certinho, outros tem atrasado, mas é um per­cen­tual mais ou menos aceitável”.

Sindicalista espera mais empresas para ter maiores salários

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e do Açúcar de Olímpia e Região, João Roberto Stringhini(foto), conhecido popularmente por Chuca, espera que o ano novo chegue trazendo bons ventos para o crescimento industrial do município, como forma de garantir maiores salário.

“A gente tem que ter mais indústrias, mais concorrências de salários nas outras empresas. Aí sim a gente vai ter um município sadio, forte, não aquele município que depende de uma empresa só. A gente gostaria que o município tivesse umas empresas mais fortes, para poder ajudar a população da cidade”, afirma.

Chuca espera que os poderes executivos das três esferas olhem com mais carinho para o setor produtivo: “não estou falando só do meu setor, estou falando do setor em nível de estado. E a gente gostaria de ter uma política desenvolvida por esses órgãos governamentais que pelo menos o­lhasse um pouco mais para ver o vínculo trabalhista que essas empresas dão”.

Para o sindicalista quando um setor vai bem, todo mundo vai bem também, mas se vai mal tudo vai mal: “é isso que peço e espero que seja o ponto positivo para 2015. Que as autoridades tenham um pouco mais de visão e olhar para o setor, porque o setor está se arrebentando. Se as autoridades competentes não olharem, a gente vai ter problemas mais sérios daqui para frente”.

Para o presidente do sindicato, 2014, embora atípico, foi um ano normal nos setores que representa: “tivemos um ano estável, mesmo com dificuldades se manteve estável, então foi um ano pra mim, normal, teve alguns pontos altos, alguns pontos baixos”.

Presidente da Câmara espera que sejam colhidos frutos plantados neste ano

Pelo menos politicamente, o presidente da Câmara Municipal de Olímpia, Humberto José Puttini (foto), espera que em 2015 o prefeito Eugênio José Zuliani, possa colher os frutos que foram plantados durante o ano que está se encerrando, principalmente em relação ao crescimento do município, a partir da transformação em uma estância turística.

“Isso trouxe uma segurança e um ponto positivo para que nós possamos colher em 2015 dessa condição de estância. Isso vai ser levantado com um diagnóstico, junto ao plano diretor que o prefeito contratou em relação ao turismo, que deve ser apresentado no início do ano, e mediante essa adequação a isso que foi feito e daquilo que deverá ser feito, que deverá ser empregado dentro do turismo na nossa cidade”, comenta Puttini.

Por outro lado, espera que promessas sejam cumpridas: “espero que aqueles políticos que aqui foram eleitos, os que estiveram aqui durante a campanha, que nesse ano possam cumprir olhando para Olímpia com carinho”.

Também espera que o poder público municipal consiga melhor os valores dos recursos federais e estaduais: “a gente pode observar hoje, que em relação os repasses, que têm recebido não é suficiente para fechar as contas, para pagar o mínimo daquilo que você pode fazer”.

Mas ao mesmo tempo acredita que será um ano instável porque “o governo federal necessita de imediato fazer algumas mudanças, que foram até promessas de campanha. A gente vê que alguns cortes tem que ser feitos principalmente, do endividamento do poder público, desta instabilidade do dólar, que nós estamos vivenciando nesse momento, mas acima de tudo, a falta de crescimento”.

O vereador ainda avisa: “se em 2015 nós não conseguirmos o crescimento necessário, vai ser gerada uma situação de desemprego muito grande, e automaticamente nós teríamos um perigo eminente de entrarmos num recesso. Mediante isso o governo vai ter que tomar algumas medidas positivas, principalmente em relação a inflação”.

Em relação a 2014, Hum­berto Puttini credita o crescimento de Olímpia ao Parque Aquático Thermas dos Laranjais: “essas vindas de novas empresas, empreendimentos, esse grande boom que nós tivemos devido a esses resorts que estão sendo implantados. Então, a gente percebe um 2014 um ano muito positivo”.

Petista espera diálogo mais aberto com o prefeito Geninho

Para o vereador petista Hilário Juliano Ruiz de Oliveira (foto) diz que para 2015 ser melhor que o ano que está findando é preciso haver um diálogo mais aberto principalmente entre ele e o prefeito Eugênio José Zuliani. Ele espera “ter um executivo municipal um pouco mais aberto para o diálogo e que as discussões que envolvem a população olimpiense sejam com mais clareza, com mais transparência”.

De acordo com ele, somente assim é que haverá convencimento das necessidades dos projetos: “sou totalmente contrário a tudo aquilo que é impositivo e ultimamente o executivo tem agido muito dessa forma, da forma que ele realmente pensa, sem discutir os problemas com a população. Que todo mundo possa fazer a sua parte e que possamos ter um ano mais solidário, mais fraterno”.

Oliveira diz que “o governo federal tem sido um dos grandes motivadores e tem feito transferências de recursos públicos para os municípios”. Mas espera que, passado o período eleitoral, “no ano que vem eu acho que deverá ter novos programas”.

E acrescenta: “acredito que haverá novos programas na área de aceleração do crescimento. Sempre se abrem novos programas para ser empreendidos pelos municípios, com transferências de recursos. A gente espera que possa ser melhor”.

Mas o petista também espera pelo resultado das investigações do caso envolvendo a Petrobras: “a gente espera que tudo o que tem sido demonstrado, pela imprensa, em fim, a Polícia Federal agindo, o Ministério Público, que a corrupção seja diminuída um pouco, com todas as ações que têm ocorrido e, isso também sempre prejudica e muito na questão dos recursos públicos, esperamos menos corrupção e mais ação em prol do coletivo”.

Em relação ao ano que termina, Ruiz diz: “tenho uma avaliação que a Câmara Municipal poderia e deveria, em alguns momentos, ter uma postura um pouco mais firme no que é discutido”.

Hilário Ruiz fala do IPTU: “nós tivemos reflexo na parte tributária, principalmente, que parte disso foi aprovada pela câmara, que poderíamos ter barrado essa vontade do poder executivo, e que infelizmente onerou e muito os contribuintes de Olímpia, a exemplo do aumento do ISS, do IPTU, do ITBI, que originou por conta da revisão da planta genérica”.

E acrescenta: “nós tivemos também, recentemente aprovado, a ampliação da cobrança da CIP, que é a cobrança de iluminação pública, também para os terrenos, e isso tudo a gente tem visto que trouxe um orçamento maior para o município”.

 

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